4/09/2011

Ezequiel (45:9 - 46:18

A bênção da presença de Deus no meio do povo é resumida na descrição de uma
terra onde os líderes são pessoas espirituais que guiam o povo no seu serviço,
e onde o próprio Senhor habita no meio da sua congregação. Usando as características da
terra e da lei conhecidas pelos israelitas, Deus mostra simbolicamente como seria a comunhão por
meio de Jesus. Nestas figuras ele descreve a nossa comunhão com o Senhor!
I. O Serviço dos Príncipes (45:9 - 46:18)
A. Da mesma maneira que Deus falou para o povo não voltar às abominações do passado (cf.
44:6-8), ele disse para os príncipes não voltarem às suas práticas abusivas (45:9)
B. Eles governariam, e cobrariam impostos, usando medidas justas (45:10-12)
C. O povo faria ofertas ao príncipe, e este, por sua vez, seria responsável em fornecer os
holocaustos e as ofertas para os dias de festas (45:13 - 46:15)
1. Desta maneira, o príncipe assume um papel importante na vida religiosa do povo
2. São mencionados aqui vários dias de comemoração:
a. Anuais: Ano Novo e Páscoa (45:18-25)
b. Mensais: Lua Nova (46:1-3,6-8)
c. Semanais: Sábado (46:1-5)
d. Ofertas diárias (46:13-15)
D. Quando o povo entrasse no templo nos dias de festas, entraria por uma porta e sairia por
outra, usando somente as portas do norte e do sul (46:9)
E. A porta do leste seria aberta quando o príncipe trouxesse ofertas voluntárias (46:12; cf.
46:1-3; 44:1-2)
F. As heranças, tanto da família do príncipe, como do povo, seriam protegidas para
permanecerem na mesma família (46:16-18; cf. 1 Reis 21)
II. As Águas que Saem do Templo (46:19 - 47:12)
A. Deixando o assunto do príncipe, o homem leva Ezequiel novamente a ver as instalações
do templo, mostrando as cozinhas dos sacerdotes nos cantos do átrio exterior (46:19-27)
B. Voltaram para a entrada do templo, de onde saiu água (47:1)
C. Ezequiel acompanhou o homem enquanto este mediu o rio (47:2-5)
1. 1.000 côvados depois do templo, a água chegava aos tornozelos de Ezequiel (47:3)
2. Depois de 2.000 côvados, chegava aos joelhos (47:4)
3. Depois de 3.000 côvados, chegava aos lombos (47:4)
4. Chegando a 4.000 côvados, o rio era tão profundo que não era possível atravessar
(47:5)
5. Obs.: Mais uma vez, uma interpretação literal não faz sentido. Na natureza, um rio
cresce assim somente quando tiver acréscimo de água de outras fontes (chuva, riachos
que deságuam no rio, etc.)
6. Como veremos nos versículos que seguem, o ponto aqui é de uma só fonte da vida –
esta água vem unicamente de Deus e se multiplica para sustentar a vida no seu
caminho
D. O homem explicou este rio para Ezequiel (47:6-12)
1. Ele mostrou muitas árvores às margens do rio (47:6-7)
2. Explicou que o rio saía para o oriente até chegar ao Mar Morto, deixando as águas do72 Estudo do Livro de Ezequiel
mar (mas não as dos pântanos próximos) saudáveis (47:8-11). Aqui encontramos mais
um motivo para rejeitar a interpretação literal histórica, pois o Mar Morto continua
salgado até os dias de hoje (veja outros comentários sobre as interpretações literais na
lição 14)
3. Dos lados do rio teriam árvores que constantemente produziriam fruto para se comer,
e cujas folhas serviriam de remédio (47:12)
E. Esta descrição do rio que vem da casa do Senhor representa a vida que Deus oferece a
todos por meio do evangelho de Jesus Cristo (cf. Joel 3:18, observando o contexto de
2:28-32 citado por Pedro no Pentecostes; Zacarias 13:1; 14:8-9; João 4:10-14; 7:38;
Apocalipse 21:6; 22:1-2

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