4/02/2011

daniel 9

9:1-2 S Este Dario é o mesmo mencionado em Daniel 5:31 e em Daniel 6. Daniel estava
familiarizado com os escritos de Jeremias e agora entende a profecia do cativeiro durante
setenta anos (Jeremias 25:9-11; 29:10). O próprio Daniel tinha sido levado em 605 a.C., e
agora era o ano 536 a.C., quando a primeira leva retornou sob a liderança de Zorobabel
(Esdras 1).
9:3-6 S Daniel confessa a iniqüidade do povo, a rebelião contra Deus e a rejeição dos seus
profetas.
9:7-10 S Ele reconhece que a justiça pertence a Deus, mas a eles pertencia a confusão
(vergonha) por causa da recusa deles de ouvirem a Deus.
9:11-15 S Portanto, “a maldição” é derramada sobre Israel como foi pronunciada por Moisés
(Deuteronômio 28; Levítico 26).
9:16-19 S Na confissão, Daniel pede a Deus que retire sua ira de cima deles e implora
misericórdia. Ele pede perdão, não na base da retidão deles, mas pela grande misericórdia de
Deus.
B. As setenta semanas e o Messias, 9:20-27
9:20-23 S Enquanto Daniel estava orando Gabriel apareceu (8:15-16) para dar-lhe
entendimento.
9:24 S Seis descrições são feitas por Gabriel, que apontam claramente para o Messias; portanto
as setenta semanas devem terminar com o tempo do Messias e o fim da era judaica.
ì “Cessar a transgressão” S a transgressão de Israel tinha sido a razão do seu cativeiro
(Daniel 9:11); mas a lei transgredida por eles estava para terminar (Colossenses 2:14-
17; Efésios 2:15).
í “Para dar fim aos pecados” S quando Jesus morreu ele destruiu o poder de Satanás,
provendo perdão do pecado (Hebreus 2:14-15; 7:27; 9:28; 10:12).
î “Para expiar a iniqüidade” S o homem é religado a Deus por meio de Cristo
(Colossenses 1:20-22).
ï “Para trazer a justiça eterna” S por meio de Cristo tornamo-nos a justiça de Deus (2
Coríntios 5:21; Romanos 3:21-31).
ð “Para selar a visão e a profecia” S quando elas forem cumpridas ou terminadas, serão
completadas e seladas (Apocalipse 10:7).
ñ “Para ungir o Santo dos Santos” S Cristo foi ungido (Hebreus 1:8-9), como também foi
seu atual lugar de habitação (Hebreus 10:19-22).
9:25 S O começo das setenta semanas foi com o decreto para reconstruir J erusalém, que foi
feito por Ciro (Esdras 1:1-4; Isaías 44:26-28; 45:13). A 69ª semana terminou com a vinda de
Cristo. Estas 69 semanas são divididas em duas partes (7 semanas e 62 semanas).35
Muitas tentativas têm sido feitas para fixar datas exatas com esta profecia. A mais comum tem
sido com referência a Ezequiel 4:6, deixando cada dia representar o tempo de um ano
completo. Contudo, nada há neste contexto que sugira esta aplicação. De fato, se fazemos 69
semanas representarem 483 anos literais, temos um problema ao determinar que data deveria
ser dada para o decreto de começo.
(1) O decreto de Ciro foi feito em 539 a.C. para Zorobabel. Mas se isto é para ser cumprido
literalmente 490 anos mais tarde, seria 49 a.C., e isto aconteceria tanto antes do
nascimento de Cristo como da destruição de Jerusalém.
(2) O decreto de Artaxerxes I foi em 458 a.C. para Esdras. Enquanto 69 semanas (483
anos) nos levaria a 25-26 d.C. e poderia se ajustar ao tempo em que Cristo começou
seu ministério pessoal, ainda temos um problema com as primeiras 7 semanas (49
anos), que tornaria completa a restauração final de Jerusalém em 409 a.C. Mas
sabemos que isto seria muito tarde, porque Neemias retornou cerca de 444 a.C., e a
restauração foi completada cerca de 432 a.C.
(3) O decreto de Artaxerxes foi em 445 a.C. para Neemias. Usando e s ta data como o
começo das 69 semanas nos levaria a 38-39 d.C., que é muito tarde para o Messias ser
interrompido, e as 7 semanas nos levariam a 396 a.C., o que também é muito tarde
para a restauração final de Jerusalém.
Não há em Daniel 9 prova satisfatória de que semanas ou anos são subentendidos. Parece
que não há meio de ajustar matematicamente estes números em eventos maiores da história
sem tempo demais ou de menos, entre cada evento.
Podemos determinar o intervalo de tempo somente pelos eventos descritos. Setes e unidades
de setes são usados nas Escrituras para indicar plenitude, unidade ou conclusão. Metade de
sete é um período de tempo curto, incompleto. Se outra interpretação, além desta, fosse
pretendida, alguma coisa dentro do contexto teria a sugerido.
9:26 S Parece apropriado ver as setenta semanas como descritivas de um período de tempo
completado, que atingiria o ponto mais alto pelo fim, afinal, da economia judaica. Não há lugar para
a “teoria do parêntesis” oferecida pelos milenaristas. Além do mais, precisaria usar forte imaginação
e ficar procurando prova obscura para usar este texto para ensinar que “sete anos de tribulação” é
associado com “Arrebatamento” e “reino de Cristo de 1000 anos”, como os pré-milenaristas tentam
fazer com este texto.
Durante a última semana o Cristo teria de ser rejeitado e crucificado. O Príncipe enviará um povo
para destruir a cidade e o santuário com uma inundação (veja Isaías 8:5-8). Talvez se refira aos
romanos sob Tito como o agente de Cristo que destruiu Jerusalém e o templo. Esta seria a guerra
de “desolações” (Mateus 24:15; Lucas 21:20-22).
9:27 S A aliança é confirmada com muitos (Atos 10:34; Romanos 9:30) quando os gentios também
são trazidos para a fé. Ainda que a Lei tenha chegado ao fim com a cruz (Colossenses 2:14-17),
houve um período de inspiração direta dos apóstolos e os profetas do Novo Testamento, durante
cujo tempo a Nova Aliança estava sendo revelada e confirmada (João 16:13; Marcos 16:20;
Hebreus 2:3-4). No meio da semana o sacrifício e a oferta de manjares são levados a cessar, o que
foi confirmado como não sendo mais necessário depois da morte de Cristo (Hebreus 9:11-17).
Contudo, a real oferenda de sacrifícios de animais não cessou antes da destruição do templo, no
ano 70 d.C., no tempo da abominação e da desolação (Mateus 24:15; Lucas 21:20-22). Assim, as
setenta semanas começam com as ordens para reconstruir Jerusalém, e terminam com a completa destruição de Jerusalém e a confirmação da Nova Aliança.

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