11:1-2 S O anjo do capítulo 10 aqui é identificado com a Média. Três reis ainda ficariam na
Pérsia, mas o quarto que se seguiria enfrentará a Grécia. A ordem dos re is pe rsas a partir de
Ciro foi: ì Cambises, í Smerdis, î Dario Histaspes (Dario, o Grande), e ï Xerxes (chamado
Assuero no livro de Ester), que era forte e rico e provocou distúrbio contra a Grécia.
11:3-4 S Um poderoso rei da Grécia enfrentaria a Pérsia ( cf. 8:5-21). Este foi Alexandre, o
Grande, mas seu reino mais tarde seria partido em quatro (cf. 8:22-25). A exatidão profética é
admirável. Depois da morte de Alexandre, sua esposa e seu filho foram mortos, assim sua
posteridade não recebeu nenhum império. O reino foi repartido em quatro divisões: ì Seleuco
fundou o Império Selêucida; í Cassandro tomou a Macedônia; î Lisimaco tomou a Trácia;
e ï Ptolomeu I governou o Egito.
D. O conflito siro-egípcio, 11:5-19
11:5 S O Sul é o Egito (veja 8), e seu rei, Ptolomeu I, era um chefe forte, mas um outro príncipe
de Alexandre era ainda mais forte. Este parece ser Seleuco I Nicator, rei do Norte (Síria). Judá
se tornou uma espécie de bola jogada para a frente e para trás entre estas duas potências
dominantes.
11:6-8 S A filha do rei do Sul (Berenice) foi dada em casamento ao filho do rei no Norte (Antíoco
I) num esforço para formar uma aliança entre estas duas potências. Mas não deu certo porque
a esposa que Antíoco afastou (Laodice) acumpliciou-se para matar Berenice. Contudo, um
irmão dela (“renovo da linhagem dela”), Ptolomeu III, veio e batalhou com sucesso contra o
Norte e levou cativos na volta para o Egito.
11:9-11 S O rei do Norte ataca o rei do Sul, sem sucesso; por isso ele voltou para casa. Seus
filhos, estimulados com isto, invadem o Egito com um grande exército. Contudo eles também
foram batidos e, de fato, muitos são levados cativos.
11:12-13 S O rei do Egito orgulha-se de si devido ao s eu grande sucesso, mas seu tempo de
jactância dura pouco, pois o rei do Norte retorna com um exército maior, melhor equipado.
11:14-16 S Parecia a certos judeus (“dados à violência dentre o teu povo”) que o Egito estava
para cair, por isso eles se revoltaram e se juntaram em esforço para derrubar o Egito. Mas não
conseguiram, pois quando o rei da Síria derrubou o Egito, ele também veio contra a “terra
gloriosa” (Palestina), e ninguém foi capaz de resistir-lhe.
11:17 S O rei do Norte (Antíoco, o Grande) tentou estabelecer-se dando sua filha em casamento
num esforço para manter uma aliança com o Egito; porém ela se volta contra ele, sendo leal
ao seu esposo antes que a seu pai.
11:18-19 S Ele então volta sua atenção para as ilhas do Mediterrâneo e consegue capturar
muitas, mas logo seus avanços são impedidos e ele tropeça e cai.
E. A ascensão de Antíoco Epifânio, 11:20-35.
11: 20-21 S O “homem vil” que obtém o reino por manobra política (“intrigas”) é Antíoco
Epifânio, que governou a Síria de 175 a 164 a.C. Este é o mesmo chamado “chifre menor” em
Daniel 8:9-12.
11:22 S Com grande força ele consegue derrubar o príncipe da aliança, provavelmente se
referindo ao sumo sacerdote. Nos anos de 169 - 167 a.C., Antíoco tomou a cidade de
J erusalém e saqueou o templo.41
11:23-24 S Submetendo pequenos grupos, um de cada vez, Antíoco se tornou
progressivamente mais forte. Ele entrou numa rica cidade egípcia atrás da outra por trapaça
(enganosamente), quando o povo realmente pensava que ele estava trazendo paz e segurança.
Assim ele foi capaz de fazer o que seu pai não tinha feito S conquistar o Egito.
11:25-26 S O rei do Egito sobe à batalha contra ele com um exército poderoso, mas não
resiste. Até mesmo seus amigos (“os que comerem os seus manjares”) ajudaram na sua
derrota, dando mau conselho militar.
11:27 S Os dois reis sentam-se a uma mesa de paz, mas dizem mentiras um ao outro. Contudo,
seus reinados durariam de acordo com o cronograma divino, “porque o fim virá no tempo
determinado”. Deus tem suas mãos nos controles!
11:28-29 S Epifânio retornou à Síria levando grande espólio de guerra. Seu coração, contudo,
estava contra a aliança santa, que se refere a Israel e sua adoração a Deus.
11:30-31 S Os navios de Quitim (os romanos) também estavam no Egito. A história diz que os
romanos traçaram um círculo na areia e ordenaram a Antíoco que não saísse dele enquanto
não retornasse ao lugar donde tinha vindo. Em angústia e amargura, ele retornou e descarregou
sua ira em Israel.
Nos anos 169 - 167 a.C. Antíoco tomou a cidade de Jerusalém, pilhou o templo, e ordenou que
os judeus adorassem o ídolo grego que ele colocou no templo. Ele acabou com os sacrifícios
diários e poluiu o altar oferecendo carne suína sobre ele. Proibiu a circuncisão, a observância
do sábado, e a posse de cópias da lei.
11:32 S Alguns poderiam ser enganados para cometer um erro, mas os fortes não cediam a
Antíoco e resistiriam a ele. Talvez isto se refira aos macabeus.
11:33-35 S Grande perseguição contra o povo de Deus separa o restolho do bom. Os fortes se
mantiveram com a verdade, mas muitos foram mortos. Isto foi cumprido com os macabeus
que começaram em 168 a.C. com a revolta de Matatias, o velho sacerdote, que foi seguido por
seus cinco filhos.
F. Os romanos, 11:36-45.
11:36 S Quem é este rei? Há várias interpretações: ì Alguns tomam a posição que Antíoco
Epifânio ainda está em consideração; í O comentarista Young v ê e ste como o Anticristo;
î Ainda outros dizem que são os romanos. Em vista do contexto a seguir, os romanos parecem
ajustar-se melhor. Algumas das razões são:
ì 11:30 S Os navios de Quitim (Roma) já foram apresentados como vindo contra Antíoco
Epifânio.
í 11:36 S Exalta-se e engrandece-se acima de todos os deuses e blasfema contra o Deus dos
deuses. Isto certamente se ajusta aos imperadores romanos que forçaram a adoração deles
mesmos como deuses e perseguiram os cristãos (Apocalipse 13:5-7).
î 11:36 S Prosperará até que a indignação seja completada, ou seja, “a destruição do poder
do povo santo” (Daniel 12:7; Apocalipse 12:14).
ï Conquis tado o Egito; a Líbia e a Etiópia se tornam suas cativas. Isto não se ajusta a
Epifânio, que ficou falido, mas descreve os romanos que ficaram ricos com muitos
despojos.
Todos estes fatos apontam para Roma e está certamente de acordo com o livro de Daniel que,
consistentemente, incluía quatro impérios dentro de seu escopo de profecia (Daniel 2; 7).
11:37-39 S Os dominadores romanos eram devotados ao “deus das fortalezas”. O poder era
o seu deus. Eles adorariam e serviriam qualquer deus contanto que isso significasse que eles42
conquistariam.
11:40-41 S Ele derrotartanto o Norte como o Sul. Ele entra, também, na “terra gloriosa.”
11:42-43 S Conquistando o Egito, ele obteve muitos despojos e os líbios e os etíopes se
tornaram seus cativos. Isto só poderia se ajustar aos romanos.
11:44-45 S Notícias do Oriente (partas) e do Norte (germanos) sempre perturbaram Roma, e
nunca foram realmente submetidos por Roma. Ainda que Roma plantasse seus próprios
tabernáculos na Palestina (a terra entre o mar Mediterrâneo e o monte santo, monte Sião), o fim
deste reino mundial foi também determinado por Deus.
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