Novas mensagens reforçam os pontos apresentados nos primeiros capítulos do livro. Deus
traria castigo contra seu povo por causa das abominações praticadas na terra. Nesta lição,
ele avisa dos castigos pelo fogo e pela espada, e enumera as abominações do povo que
exigiram este julgamento divino. Deus até procuraria um homem justo para salvar o povo, mas não acharia nenhum!
I. Deus Traria Destruição com Fogo e com a Espada (20:45 - 21:32)
A. Deus enviaria fogo para queimar o bosque do Sul (20:45-49)
1. Esta profecia olha para o bosque do Sul, possivelmente se referindo à região do sul de
Judá, o Neguebe (20:45-47)
2. Deus acenderia um fogo que ia consumir o bosque (20:47-48)
a, Todas as árvores – secas e verdes
b. Toda a terra – do Sul ao Norte
3. Aparentemente, o povo respondeu ao aviso em incredulidade ou confusão, chamando
Ezequiel de “proferidor de parábolas”, assim dizendo que não deu para
compreender o aviso (20:49)
B. Numa profecia paralela, Ezequiel falou de destruição pela espada e assegurou o povo que
este julgamento realmente viria (21:1-7)
1. Se o aviso sobre o fogo não foi claro, não teria como entender este aviso de uma
maneira errada!
2. Nesta profecia contra Jerusalém, Deus disse que traria a espada contra todas as
pessoas da terra (21:1-4)
a. Todos os homens – justos e perversos
b. Toda a terra – do Sul ao Norte
3. Todos iam saber que foi o Senhor que agiu contra o povo (21:5)
4. Deus mandou que Ezequiel suspirasse, mostrando sua tristeza com este aviso (21:6-7)
Uma Comparação dos Pontos Principais dos Avisos do Fogo e da Espada
Aviso sobre o Incêndio no Bosque
(2 0 :4 5 -4 8 )
Aviso sobre a Espada em Israel
(2 1 :1 -5 )
P ro fe c ia c o ntra o b o s q u e d o S u l P ro fe c ia c o ntra J e ru s a lé m
Um fo g o n o bo s q u e A e s p a d a
Á rvo re s ve rd e s Os ju s to s
Á rvo re s s e c as Os p e rve rs o s
Todos os rostos queimados A espada contra todo vivente
Julgamento do Sul ao Norte Julgamento do Sul ao Norte
To d o s o s h ome n s ve rã o qu e o S e n h o r a c e nd e u
o fo g o
To d o s o s h ome n s s ab e rã o qu e D e u s ma n d o u a
e s p a d a
O Atalaia de Israel 35
C. Deus daria sua espada ao matador, e este a usaria para matar segundo as ordens do
Senhor (21:8-17)
1. A espada foi preparada – afiada e polida – para a matança (21:8-10)
2. Israel acreditava que a espada seria para os outros, os povos desprezados pelo rei
(21:10)
3. Mas Deus respondeu que a espada seria usada contra seu próprio povo – os príncipes
e o povo comum (21:11-13)
4. Na cena descrita aqui, parece possível que o próprio Ezequiel tivesse uma espada na
mão, batendo e virando a espada para representar golpes contra o povo; a espada
recebe suas ordens num ritmo militar que acrescenta mais intimidação – “vira-te ...
para a direita, vira-te para a esquerda...” (21:14-16)
5. Deus, controlando tudo que aconteceu, bateria suas palmas para executar sua ira. As
ordens vêm do Senhor (21:17)
D. A espada do rei da Babilônia viria contra Judá, e o poder do rei em Jerusalém seria abatido
(21:18-27)
1. Deus mandou que Ezequiel pusesse marcadores para indicar os caminhos para duas
cidades: Rabá (dos amonitas) e Jerusalém (21:18-20)
2. O rei da Babilônia chegaria à bifurcação e teria que decidir atacar uma cidade antes
da outra (21:21). Ele usaria vários meios de adivinhação para tomar a sua decisão.
Entendemos, porém, que o soberano Deus controlava o movimento do exército e
mandaria o rei da Babilônia para o lado que o Senhor quisesse
3. A adivinhação indicou que ele deveria atacar Jerusalém (21:22)
4. Os judeus ainda poderiam achar que estavam seguros, talvez confiando na sua aliança
com o Egito (21:23; cf. 17:15-17)
5. Mas Deus já havia determinado o castigo. O povo e o rei seriam rejeitados (21:24-27)
E. Os amonitas, porém, não escapariam ilesos (21:28-32)
1. Deus mandou que Ezequiel profetizasse contra Amom (21:28)
2. Deus traria a espada e o fogo contra os amonitas (21:29-31)
3. A destruição dos amonitas seria completa – seriam esquecidos (21:32; cf. 25:10)
II. Israel foi Condenado por suas Abominações (22:1-31)
A. A cidade sanguinária de Jerusalém foi condenada por suas muitas abominações (22:1-13).
Entre os pecados citados:
1. Homicídio (22:3-4,9,13)
2. Idolatria (22:3-4,9)
3. Abuso do poder pelos governantes (22:6)
4. Desrespeito para com os pais (22:7)
5. Opressão de estrangeiros (22:7)
6. Maus tratos de viúvas e órfãos (22:7)
7. Profanação das coisas santas (22:8)
8. Calúnias (22:9)
9. Perversidade sexual (22:9-11)
10. Subornos e outras práticas desonestas nos negócios (22:12-13)
B. Deus traria o castigo e o povo não teria força para resistir; Israel seria disperso entre as
nações (22:14-16)
C. Deus ia purificar a nação com fogo, da mesma maneira que separa prata da escória na
refinação (22:17-22)
1. A ênfase aqui está no castigo da nação: “todos vós vos tornastes em escória”
(22:19)
2. A ilustração do processo de purificação de prata, porém, implicitamente olha para a36 Estudo do Livro de Ezequiel
salvação do restante, purificado pelo cativeiro
D. Os líderes da nação, como a população em geral, foram condenados por Deus (22:23-29).
Ele comenta especificamente sobre:
1. Profetas que devoravam as almas das suas vítimas, alegando ter revelações do Senhor
(22:25,28-29)
2. Sacerdotes que profanavam as coisas santas, não distinguindo entre o comum e o
santo (22:26)
3. Príncipes que reinavam com violência e desonestidade (22:27)
E. Deus chega à cidade para castigar, e espera encontrar um homem justo que ficaria na
brecha para defender o povo, mas não encontra este homem (22:30-31)
1. Não devemos tratar este versículo literalmente até o ponto de negar a presença de
pessoas justas em Jerusalém. Pelo menos, Jeremias e Baruque ainda defendiam a
verdade e tentavam salvar o povo. Continuaram ativos até depois da queda de
Jerusalém (cf. Jeremias 43:1-7)
2. A figura mostra que a nação em geral havia se tornado tão corrupta que Deus não
achou motivo suficiente para poupá-la
Conclusão: O castigo tão merecido pelo povo de Judá se tornou inevitável, porque o povo se
corrompeu e recusou todas as oportunidades para se arrepender. As iniqüidades do povo, dos mais
poderosos às pessoas mais comuns, seriam castigadas pelo furor de Deus. Os julgamentos dele,
representados nestes capítulos pelo fogo e pela espada, atingiriam todos os habitantes da terra.
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Deus Abençôe