Este capítulo continua o tema do capítulo 4, mas enfatiza mais o castigo que viria como resultado do pecado do povo e de seus líderes.
5:1-4
Deus reprova os sacerdotes, o povo, e os nobres. Estes tinham apanhado suas vítimas como se fosse numa rede ou laço usado para pegar pássaros (1).
Os crimes foram excessivos, e o castigo seria adequado aos crimes (2).
Efraim/Israel se contaminou com pecado, e não se escondeu de Deus (3).
O proceder do povo impediu seu arrependimento por dois motivos (4):
(1) O espírito de prostituição os dominava, dificultando qualquer tentativa de voltar. A pessoa que se entrega ao pecado enfrenta uma barreira dentro de si para voltar ao Senhor. Vicia-se no pecado, enganando-se com a idéia que pode facilmente sair a qualquer hora. O próprio pecado e o prazer dele prendem o pecador.
(2) Falta de conhecimento de Deus. O pecador, freqüentemente, se sente incapaz de se livrar do erro e não entende como Deus pode ajudar. Ele dá o apóio necessário para levantar o pecador de sua injustiça, e oferece o perdão necessário para limpar a consciência pesada. Mas, a pessoa dominada pelo pecado não cogita das coisas de Deus, e assim não enxerga a saída que ele oferece.
5:5-7
Como conseqüência do pecado, Israel (Efraim) cairia. Judá, também, seria castigado (5).
**Obs.: A soberba de Israel. Alguns comentaristas identificam a soberba de Israel com a glória de Jacó (Amós 8:7): Jeová. Outros acreditam que a arrogância e orgulho do povo seja a soberba aqui citada.
O povo buscaria o Senhor em vão, porque ele já se retirou deles (6). Compare com Ezequiel 8-10.
Como Gômer tinha concebido filhos de outros homens, Israel teve filhos que não eram do Senhor (7).
**Obs.: A Lua Nova se refere, provavelmente, a uma festa idólatra. Ao invés de trazer bênçãos, proteção e segurança para o povo, a sua idolatria traria castigo.
5:8-14
Deus castigaria tanto a Israel como a Judá. Este trecho trata os dois países de maneira igual, mostrando que a ira de Deus não seria dirigida apenas ao reino do Norte.
Gibeá e Ramá ficam perto da fronteira entre Israel e Judá. Bete-Áven (Casa de vaidade) é uma alteração de Betel (casa de Deus). Tocar as trombetas de alarme nestes lugares sugere, provavelmente, que os assírios já tinham passado pelo meio de Israel e estavam chegando perto de Judá. É uma profecia de como o castigo contra Israel seria, também, uma ameaça contra Judá.
Deus acusou os príncipes de Judá de mudar os marcos; por isso, seriam castigados (10).
**Obs: O pecado de Judá sugere uma aplicação espiritual nos dias de hoje. É Deus quem colocou os marcos definindo a separação entre o certo e o errado. Ele definiu limites. Homens não têm direito de mudar os marcos de Deus (veja 1 Coríntios 4:6; Colossenses 3:17 e 2 João 9).
Não teria livramento do castigo de Deus (11-14). Israel tentou fazer acordo com a Assíria, mas não adiantou. Ninguém é capaz de resistir a sentença de Deus.
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