Deus pronuncia contra os falsos profetas (5). Os erros deles: (1) Fazem errar o povo. Ele não isenta o povo de responsabilidade, mas a maior culpa fica com os falsos mestres (veja Oséias 4:6; Mateus 15:14; Tiago 3:1). (2) Pregam para agradar os que pagam. Quando alguém paga o salário deles (“têm o que mastigar”), eles pregam uma mensagem de paz. Mas se não pagar, eles se tornam inimigos dos ouvintes apregoando “guerra santa”.
**Obs.: A atitude de alguns pregadores de hoje não está tão longe dos mestres da época de Miquéias. Pregam bênçãos e mensagens agradáveis aos que contribuem bem, e falam só de maldições para aqueles que não se sacrificam para sustentá-los.
Estas atitudes repreensíveis dos líderes religiosos os levariam ao castigo divino (6-7): Não teriam nenhuma luz de revelação de Deus.
**Obs.: Cobrir o bigode (7) sugere a imundícia como se fosse um leproso saíndo do meio do povo (Levítico 13:45) ou manifestação de tristeza e vergonha (Ezequiel 24:15-17). Os profetas imundos ficariam envergonhados, e não teriam lugar no meio do povo de Deus.
Em contraste com os falsos profetas, Miquéias afirmou ser cheio do Espírito de Deus (8). Assim, ele tinha poder para julgar e para declarar a vontade de Deus ao povo.
**Obs.: Estar cheio do poder do Espírito não sugere algum estado emocional alterado, nem algum sentimento estranho e indescritível. Miquéias claramente entendeu o papel do Espírito em relação à palavra, e estava cheio do Espírito na medida que recebia e comunicava a palavra de Deus. Homens cheios do Espírito são aqueles que estudam a palavra, conhecem a vontade de Deus e a divulgam a outras pessoas. Assim, falam poderosamente pelo Espírito Santo (veja Atos 6:3,5,8-10). Por outro lado, aqueles que desprezam a palavra e não se dedicam ao estudo dela não podem ser cheios do Espírito.
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