3/24/2011

Miquéias 6; 1 A 8

Deus chama o seu povo ao julgamento, pedindo que Israel se defenda contra as acusações dele (1-2). Ele chama os montes para ouvir a contenda de Deus contra o povo.

**Obs.: Os montes como júri. Os montes estavam presentes durante toda a história de Israel. Presenciaram a bondade de Deus e a rebeldia do povo. Aqui o profeta emprega uma figura comum nas Escrituras. Quando o povo nega os fatos, Deus chama montes, pedras e a própria terra como testemunhas, pois sabem de toda a história das pessoas acusadas. Veja Habacuque 2:9-11; Lucas 19:39-40; Salmo 85:11.

Deus pede que o povo responda às acusações com sua própria queixa contra o Senhor (3).

**Obs.: Deus sabia muito bem que não teria nenhuma acusação válida contra ele mas, mesmo assim, ele dá oportunidade para o povo o acusar. Quando procuramos resolver conflitos entre nós e outras pessoas, mesmo se acharmos que o problema esteja com a outra parte, devemos dar oportunidade para a pessoa nos acusar e mostrar como contribuímos ao problema. Isso não quer dizer que alguém deve assumir responsabilidade por algo que não fez. Deus não admite culpa aqui, e nem sempre temos culpa nas diferenças que surgem entre pessoas. Mas, muitas vezes, problemas entre duas pessoas envolvem duas parcelas de culpa. Quando presenciamos discórdias entre pessoas, devemos sempre lembrar da observação sábia de Provérbios 18:17 - “O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina.”

Deus se defende, citando exemplos históricos de sua fidelidade para com o povo de Israel (4-5). Considere o que ele tinha feito para mostrar o seu amor para seu povo:

(1) Tirou-os do Egito (4).

(2) Remiu-os da escravidão (4).

(3) Enviou Moisés, Arão e Miriã diante deles (4).

(4) Protegeu o povo das maquinações de Balaque e das profecias de Balaão (5; veja Números 22-24).

(5) Cuidou deles desde Sitim (a última parada antes de atravessar o rio Jordão) até Gilgal (o primeiro acampamento na terra prometida), cumprindo a sua promessa de dar-lhes a terra (5).

**Obs.: O papel de Miriã (4). Sabemos que, desde a criação do primeiro casal até o Novo Testamento, Deus sempre tem dado aos homens a responsabilidade de liderança (veja, por exemplo, o ensinamento de 1 Timóteo 2:8-15, onde aprendemos que o mesmo princípio da autoridade masculina estava em vigor desde a criação). Este fato não nega a importância das mulheres no plano de Deus, e a Bíblia destaca o papel de algumas delas, incluindo Miriã, a irmã de Moisés e Arão. Como profetisa, ela conduziu as mulheres de Israel no seu louvor (Êxodo 15:20-21). Mas, quando ela tentou assumir um papel maior, até desafiando a posição de Moisés, Deus a castigou (Números 12:1-15). Todos nós devemos aceitar os papéis que Deus nos deu, quaisquer que sejam.

O povo procura uma maneira de reconciliar com Deus (6-7). Adiantaria chegar com sacrifícios abundantes? Ofertas das primícias resolveriam o problema? O sacrifício de seus próprios filhos tiraria a culpa? Nada disso resolve o problema do pecado.

O que Deus quer do homem? Miquéias resume em três itens o que Deus quer dos seus servos (8):

(1) Praticar a justiça.

(2) Amar a misericórdia.

(3) Andar humildemente com Deus.

**Obs.: Este versículo (8) apresenta um bom resumo da vontade de Deus na vida de cada servo dele. Por um lado, devemos mostrar a justiça, odiando o pecado e aplicando a palavra dele em tudo que fazemos. Mas a justiça precisa ser governada pela misericórdia, mostrando o amor de Deus em nossa atitude para com outros. Da mesma maneira que ele perdoa, devemos perdoar as pessoas que pecam contra nós (Mateus 6:12-15; Efésios 4:32). Em tudo isso, é essencial mostrar a humildade e manter a comunhão com Deus.

**Justiça X Sacrifício (6-8). Deus sempre quis a obediência do homem. Samuel disse para Saul: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22). No sistema do Velho Testamento, os sacrifícios foram uma maneira de pedir perdão, e assim se tornaram dever de todo pecador. Mas, Deus prefere obediência. Um exemplo esclarecerá a idéia: Imagine qualquer pai cujo filho faz algo errado, desrespeitando o próprio pai. Se o filho chegar ao pai, arrependido, e pedir perdão, é claro que o pai perdoará. Mas, qual pai não ficaria mais contente se o filho tivesse obedecido a sua palavra, ao invés de desobedecer e pedir desculpas? Deus perdoa, mas ele prefere o nosso respeito e obediência.

Um comentário:

  1. Anônimo4/18/2011

    A PAZ DO SENHOR,IRMÃO QUE DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO TEU SITE É MUITO LINDO E ME AJUDOU MUITO.PARABÉNS A PAZ DO SENHOR ESTEJE CONTIGO E COM TUA FAMILIA. MARIA HELENA

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