A prosperidade de Israel deveria ter incentivado o povo a se aproximar mais de Deus em gratidão. Mas eles fizeram o oposto. Quanto mais foram abençoados por Deus, quanto mais correram atrás dos ídolos (1).
**Obs.: Uma das ironias que observamos na História é esta tendência de pessoas prósperas não confiarem em Deus. Ele abençoa, mas a pessoa usa a prosperidade para seus próprios prazeres e não glorifica a fonte de todas as boas dádivas (Mateus 19:23-24).
Deus quebraria os ídolos do povo insincero (2).
O povo desobediente ficaria desamparado, passando por um período sem rei (3-4; veja 3:4-5).
10:5-8
O povo lamentaria a perda do seu ídolo bem conhecido: o bezerro de Bete-Áven (Casa de vaidade, o nome usado para se referir a Betel, que significa Casa de Deus).
O bezerro seria levado à Assíria (6). Que impotência! Um "deus" levado ao cativeiro. Enquanto o Deus verdadeiro vem sobre o povo para castigar a desobediência, o falso deus deles é levado por meros homens.
**Obs.: O Deus verdadeiro, também, foi levado pelos inimigos. Considere dois exemplos: (1) A arca da aliança, que representava a presença de Deus entre o povo, foi tomada pelos filisteus. Eles não agüentaram as pragas resultantes, e enviaram a arca de volta para Israel (1 Samuel5:1 - 7:1). (2) Jesus foi levado como cordeiro ao matadouro (Isaías 53:7), mas ele voluntariamente entregou a sua vida (João 10:17-18) e a tomou de volta (Lucas 24:6).
Não somente o ídolo, mas também o rei de Israel seria totalmente impotente e incapaz de proteger o povo (7).
Os outros ídolos e altares nos altos da vaidade seriam igualmente incapazes de ajudar os israelitas (8). O povo procuraria qualquer saída, até a morte súbita, para evitar o sofrimento do ataque dos inimigos (compare Lucas 23:30; Apocalipse 6:16).
10:9-15
De novo, Deus compara o pecado do povo com a perversidade que trouxe castigo sobre Gibeá (9; veja 9:9 e os comentários sobre esta cidade). A maldade do povo encontraria um castigo semelhante, ou até mais severo (lembre-se de que Gibeá e a tribo de Benjamim foram quase exterminadas).
Deus mesmo traria o castigo pela dupla transgressão de Israel (10).
**Obs.: A dupla transgressão? Há várias interpretações desta expressão, e o versículo não dá uma resposta definitiva. Porém, o contexto sugere o provável sentido. Os versículos anteriores falaram sobre a confiança do povo nos falsos e impotentes deuses e nos impotentes reis escolhidos pelo povo e não por Deus (8:4-5).
O povo não aproveitou as bênçãos do cuidado divino na sua juventude (bezerra) e agora sofre o trabalho duro sob o domínio de um opressor (11-12).
O povo ceifaria o que semeou (12-13; veja 8:7; Gálatas 6:7). Confiaram no poder humano, e seriam castigados pelo poder divino.
A angústia do castigo seria terrível (14). Ele o compara ao sofrimento de Bete-Arbel nas mãos de Salmã, quando as mulheres grávidas foram despedaçadas.
O castigo de Israel vem de Betel (casa de Deus). O rei seria destruído (15).
**Obs.: Por causa do pecado de Bete-Áven, vem a ira de Betel (10:5,15).
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