3/24/2011

Miquéias 4 1a 10

**Obs.: Os primeiros versículos do capítulo 4 apresentam a mesma profecia que se encontra em Isaías 2:2-4. Isso não nos supreende, pois Miquéias e Isaías profetizaram na mesma época e trataram de muitos dos mesmos problemas. Enquanto Isaías pregou na cidade, Miquéias pregou no interior. Ambos revelaram a mesma profecia importantíssima sobre o monte da Casa do Senhor.

Esta profecia fala sobre os últimos dias (1).

**Obs.: A expressão “nos últimos dias” é usada diversas vezes nas profecias do Velho Testamento para apontar às coisas que aconteceriam na primeira vinda do Messias, ou como resultado de sua vinda (veja, por exemplo, Isaías 2:2; Daniel 2:28; Oséias 3:5; etc. e o comentário de Pedro em Atos 2:16-17). Jesus veio e enviou os apóstolos para pregar o evangelho nos últimos dias do sistema antiquado de judaismo. Ele introduziu uma nova aliança, causando que a antiga desaparecesse (veja Hebreus 8:6-13).

O monte da Casa do Senhor seria estabelecido (1). Montanhas freqüentemente representam autoridade, e este representa a autoridade absoluta do Messias. Este monte está acima de todos os outros (veja Daniel 2:34-35,44-45; Mateus 28:18-20).

**Obs.: A ênfase está no monte, não na Casa. É fácil imaginar que esta profecia esteja falando principalmente sobre a igreja do Senhor, mas a igreja (a Casa) é o resultado, não o foco. Miquéias profetizou do estabelecimento do monte (a autoridade) do Senhor, como fundamento da casa (igreja) dele. Semelhantemente, a pregação do evangelho no Novo Testamento é do reino dos céus (Mateus 3:2; 4:17; Atos 1:3), enfatizando a posição do rei e não a importância dos súditos.

Os povos afluiriam para o monte (1). O Cristo não atrairia apenas os judeus, mas os povos. Como várias outras profecias do Antigo Testamento, esta mostra que a salvação seria oferecida a todos.

As nações subiriam ao monte do Senhor para aprender e obedecer a palavra de Deus (2).

**Obs.: A existência e a autoridade de Deus exigem uma resposta do homem. Não podemos tratar a mensagem do evangelho como se fosse meramente alguma coisa interessante. Ela exige uma resposta. Ou aprendemos e praticamos o que Deus ensina, ou o rejeitamos.

O Senhor julga e corrige as nações, fazendo paz (3).

**Obs.: Não devemos interpretar este versículo de uma maneira contraditória ao contexto. Ele fala aqui de um reino espiritual (veja João 18:36) com um rei espiritual e cidadãos espirituais (Filipenses 3:20; Efésios 1:3). Não faz nenhum sentido interpretar o versículo 3 literalmente para predizer algum período de paz entre nações físicas aqui na terra. Jesus é a paz que trouxe reconciliação entre inimigos aqui e entre Deus e homens pecadores (Efésios 2:14-18). Cada servo do Senhor tem a tranqüilidade de saber que Deus cuida dos seus (4-5).

Enquanto outros andam em nome dos falsos deuses, os servos do Senhor confiam exclusivamente nele (5).

Deus aceitaria aqueles que foram, anteriormente, rejeitados (6-7). Por causa do pecado, ele lançou fora os defeituosos e impuros. Nos últimos dias, ele os chamaria de volta e reinaria sobre o povo restaurado.

**Obs.: A torre do rebanho (veja 2 Crônicas 26:10) mostra que o rei não seria daqueles que dominam por interesse próprio, mas um rei/pastor que cuidaria do rebanho. Esta figura é muito usada na Bíblia a partir de Davi, que serve como tipo do Messias. Jesus é o rei, mas ele também é o bom pastor (João 10:11,14).

As promessas de futura glória não negam o fato do castigo que ainda viria sobre o povo. Israel sofre a dor como se fosse de parto (9-10). Depois das dores, vem a alegria. O povo sofreria e seria levado em cativeiro, mas Deus o libertaria.

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