3/24/2011

Miquéias 3; 9 a 12

Deus traz a sentença contra Jerusalém por causa dos pecados dos líderes:

(1) Abominar o juízo (9).

(2) Perverter o direito (9).

(3) Edificar Sião/Jerusalém com sangue e perversidade (10).

(4) Aceitar subornos para perverter a justiça (11).

(5) Ensinar/profetizar por interesse financeiro (12).

(6) Confiar, sem motivo, na presença do Senhor (12).

**Obs.: Os profetas adivinham (11). A palavra adivinhar se refere a falsas profecias, e mostra que estes profetas não eram mensageiros de Deus.

**Obs.: Deus condena o sustento financeiro dos seus servos? O ponto do versículo 11 não é condenar a prática, em si, de sustentar homens que se dedicam ao serviço do Senhor. A lei do Velho Testamento, em vigor quando Miquéias profetizou, exigia o sustento dos sacerdotes e outros obreiros religiosos. Semelhantemente, o Novo Testamento autoriza o sustento de pregadores e presbíteros (1 Coríntios 9:14; 1 Timóteo 5:17-18). O problema não é o sustento em si, mas o motivo da pregação. Aqueles que agradam aos ouvintes para manter ou aumentar a sua renda financeira não são servos fiéis ao Senhor. O próprio Paulo recebia sustento (2 Coríntios 11:8; Filipenses 4:14-18) mas ele não procurou o favor dos homens (Gálatas 1:10). Ele claramente condenou outros que pregavam por interesse: “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2 Coríntios 2:17). Não é difícil imaginar como Paulo reagiria hoje em dia às táticas de alguns pastores e igrejas que conhecem mais sobre propaganda do que sobre a palavra do Senhor. Fiquei enjoado recentemente numa feira de livros quando vi um que abertamente sugeriu a aplicação dos princípios de “marketing” para fazer igrejas crescerem. Não guardei o título exato, nem o nome do autor, mas deve sentir envergonhado qualquer autor que escreve, publicadora que produz, livraria que vende ou leitor que aplica tais táticas no reino do Senhor. Devemos fazer como Miquéias, e confiar no poder da palavra que o Espírito revelou, e não nas teorias e táticas de grandes vendedores de produtos mundanos. Podemos imaginar, também, a reação de Paulo aos pastores que falam mais sobre a necessidade de pobres fazerem sacrifícios para pagar o dízimo e fazer as suas ofertas do que sobre a necessidade de Jesus sacrificar o próprio sangue para nos resgatar do pecado. Devemos pregar a palavra de Deus em sua pureza como servos dele, não por interesse financeiro ou outros motivos egoístas.

A cidade seria destruída por causa desses pecados dos líderes (12).

**Obs.: Imaginaram que a presença do templo fosse garantia da proteção divina, mas erraram! Apesar da incredulidade do povo, Deus destruiria a sua própria “casa”. O povo confiava na presença do templo (veja Jeremias 7:4) sem admitir que os seus próprios pecados estavam expulsando Deus de casa (veja Ezequiel 8-11).

**Obs.: Os líderes pecaram, mas a cidade toda sofreria. “Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco” (Mateus 15:14).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deus Abençôe