6/02/2011

Salmos 73 - 77

Salmo 73 Enfrentando Dúvidas sobre a Justiça de Deus

Este Salmo fala da luta do autor para compreender as injustiças nesta vida. Serve como exemplo bom para nós, para podermos superar as nossas próprias crises espirituais. Devemos prestar atenção e lembrar bem da mensagem deste Salmo.

1 A verdade que Asafe quer defender: Deus é bom para com seu povo fiel

2-14 A luta: A experiência própria contraria sua tese. Ele passou a invejar os perversos por serem prósperos. Eles se dedicam ao pecado (olhos, coração e língua – 7-9) e ainda têm saúde, prosperidade e a lealdade do povo, que lhes segue. Tudo isso quase levou o Salmista à triste conclusão de que não adianta servir a Deus (13-14)

15-17 Mas espere aí! Mesmo na sua fraqueza, ele teve a cautela de não expor as suas dúvidas aos novos e fracos, pois teria se tornado uma pedra de tropeço (15). Ele reconheceu a dificuldade do assunto, e só achou respostas adequadas em Deus (16-17). Obs.: Aprendemos muito desses versículos: (1) Devemos ter cuidado com as nossas dúvidas. Pessoas que falam abertamente sobre as suas dificuldades espirituais na presença de pessoas fracas podem derrubar a fé destas. (2) Devemos ser humildes para aceitar a dificuldade de alguns assuntos, e não confiar demais em nossa própria capacidade de raciocínio. (3) Sempre devemos buscar respostas em Deus. Somente na sabedoria eterna dele achamos a verdadeira justiça.

18-20 Afinal, ele conseguiu acreditar na justiça de Deus, e entendeu que os perversos seriam castigados

21-22 Seus momentos de dúvida eram momentos de fraqueza, ignorância e de pensamentos irracionais diante de Deus

23-26 Mesmo na angústia e no sofrimento desta vida, ele entendeu que Deus não o abandonou. Teve a bênção de comunhão com o Senhor. Obs.: É erro grave e extremamente perigoso pensar que a nossa relação com Deus se reflete na prosperidade ou na saúde. Mesmo quando sofremos nesta vida, podemos ter certeza que Deus não abandona os fiéis.

27-28 Depois de procurar respostas às suas dúvidas, Asafe afirma a sua confiança no Senhor, e defende ainda a tese do versículo 1

Salmo 74 A Tristeza ao Ver o Templo Destruído

Normalmente pensamos de Asafe em relação ao tempo de Davi (veja 1 Crônicas 6:31,32,39; 16:5,7,37; 25:1,6) e de Salomão (2 Crônicas 5:12). Algumas dessas mesmas citações mostram que a família de Asafe continuou no serviço de louvor no templo nas gerações posteriores. Este Salmo fala da destruição do templo, que aconteceu séculos depois de Davi e Salomão. Porém, sabemos que a família de Asafe continuou o seu serviço durante todo esse tempo até, pelo menos, a época de Esdras e Neemias (veja Esdras 2:41; Neemias 7:44). Desta maneira, podemos entender o Salmo 74 como produto de um ou mais dos descendentes de Asafe

1-3 O Salmo começa com uma série de perguntas e pedidos a Deus, procurando entender os motivos dele em permitir o castigo do povo e a destruição do templo

4-9 Os adversários, aqui tratados como inimigos do próprio Deus, destroem as coisas sagradas e se exaltam contra o próprio Senhor (4-8). O povo fica confuso, sem explicação desta devastação (9)

10-11 As perguntas: (a) Até quando...? (10) e Por que...? (11). São perguntas comuns nas Escrituras, mas o Salmista aqui não vai ao ponto de questionar o caráter de Deus, como veremos nos próximos versículos

12-17 Ele reconhece a grandeza de Deus como Criador e Sustentador do universo

18-23 Baseado no caráter de Deus, o salmista pede que aja a favor do seu povo e conforme a sua aliança, respondendo às blasfêmias dos adversários

Salmo 75 Confiança no Deus Justo

1-2 Este é um Salmo de louvor e graças a Deus por ele ser justo

3-5 O Salmista mostra a sua confiança no Senhor, e avisa aos perversos do perigo de se levantar contra Deus

6-8 Ele não confia nos homens e sim, em Deus, quem exalta os fiéis e castiga os ímpios. A figura do cálice de ira é muito comum na Bíblia, aparecendo nos Salmos e nos profetas do Velho Testamento, e em relação ao sofrimento de Cristo no Novo Testamento. Também é usada no livro de Apocalipse para representar o castigo de povos desobedientes

9-10 O Salmista, confiante na justiça de Deus, encerra o Salmo com louvor ao Senhor

Salmo 76 Louvor pelo Triunfo de Deus sobre os Adversários

Não sabemos a circunstância histórica deste Salmo, mas o conteúdo sugere uma ocasião em que Deus salvou Jerusalém de algum inimigo

1-3 Deus é louvado por salvar Salém (Jerusalém) e Sião (o monte do templo em Jerusalém)

4-6 O poderoso Deus confundiu o inimigo e livrou o seu povo das mãos dos adversários

7-12 Deus é tão grande que ninguém pode resisti-lo. Todos devem louvá-lo e temê-lo

Salmo 77 Deus Ouve as Orações dos Fiéis?

1-2 Asafe, na sua angústia, procura o Senhor em oração

3-10 Pensando em Deus, ele fica desesperado. Será que Deus não ouve as suas orações? Será que a graça divina acabou? Deus se preocupa com os homens?

11-20 Quando lembra do passado, Asafe acha conforto e motivos de confiança em Deus. As obras do passado servem de prova que Deus é grande e poderoso. Este Salmista lembra-se das maravilhas feitas por Deus na salvação do povo de Israel. Obs.: Devemos fazer a mesma coisa. Quando achamos difícil enxergar as obras de Deus no presente, acharemos consolo olhando para o passado, e a fidelidade que ele sempre mostrou em cumprir a sua palavra (veja Romanos 15:4)


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