4/14/2011

Ezequiel 23:1 - 24:27

Deus continua reforçando a sua mensagem, mostrando os motivos e a severidade do castigo
do povo rebelde. Nestes capítulos, ele usa três ilustrações para explicar sobre a queda de
Jerusalém. Na primeira, ele compara Israel e Judá a duas irmãs adúlteras, e mostra que este
pecado leva ao castigo de morte. Na segunda, o povo é comparado à carne numa panela
enferrujada, uma panela que não pode ser purificada nem pelo fogo. A terceira ilustração usa a
morte da mulher de Ezequiel para representar a destruição do templo, a delícia dos olhos do povo.
I. A História de Duas Irmãs (23:1-49)
A. Deus aborda o problema da culpa de Judá, agora, com mais uma ilustração. Ele conta a
história de Oolá e Oolibá, duas irmãs, ambas meretrizes
B. Deus usa aqui o pecado de prostituição ou adultério para representar, simbolicamente, a
idolatria destes povos. Pecados de imoralidade sexual freqüentemente acompanhavam as
práticas idólatras, mas aqui é a infidelidade das próprias nações – a idolatria – que é vista
como prostituição
C. Elementos principais desta ilustração incluem:
1. Deus: o marido de Oolá e Oolibá
2. Oolá: Samaria ou Israel, o reino do Norte
a. Oolá significa “o tabernáculo dela” e se refere, provavelmente, à religião introduzida
por Jeroboão I
b. Israel não possuía o tabernáculo do Senhor. O “tabernáculo” ou a religião de Israel
era da nação, mas não de Deus
3. Oolibá: Jerusalém ou Judá, o reino do Sul
a. Oolibá significa “o meu tabernáculo está nela” e se refere, evidentemente, à
presença de Deus em Jerusalém
b. O templo em Jerusalém representava a presença de Deus e o centro da verdadeira
religião dos judeus
4. Amantes: ídolos e nações idólatras como a Assíria e a Babilônia
5. Prostituições/devassidões: a idolatria e a infidelidade de deixar de servir o verdadeiro
Deus para servir aos falsos deuses
6. Adultério: um termo mais específico de imoralidade sexual baseada num
relacionamento de pertencer a um outro. Aqui, as irmãs se tornaram adúlteras porque
se casaram com Deus (“foram minhas” – 23:4) e, depois, tiveram relações ilícitas
com outros “deuses” (“com seus ídolos adulteraram” – 23:37)
D. A juventude de Oolá e Oolibá (23:1-4)
1. As irmãs já se prostituíram no Egito, na sua mocidade (23:1-3). Sabemos que a
separação do reino aconteceu séculos depois de sair do Egito, mas nesta história,
Deus trata as duas nações como irmãs distintas desde a mocidade, assim
completando a figura do casamento e do adultério
2. Deus casou com as duas irmãs e elas tiveram filhos (23:4)
E. A infidelidade de Oolá (23:5-10)
1. Oolá (Samaria) se prostituiu com a Assíria (23:5-7)
2. Ela continuou as mesmas práticas imorais (idólatras) que trouxe do Egito (23:8)38 Estudo do Livro de Ezequiel
3. Deus, o marido traído, entregou Oolá nas mãos dos amantes, os assírios (23:9)
4. Os amantes (os assírios) expuseram as vergonhas de Oolá, levaram os filhos e as filhas dela e a ela mataram (23:10)
F. Oolibá deveria ter aprendido a lição dos erros da irmã dela, mas não o fez (23:11-21)
1. Ela fez coisas ainda piores do que as devassidões de Oolá, prostituindo-se com os assírios e os babilônios (23:11-17)
2. Mesmo quando Deus mostrou seu desgosto com os pecados de Oolibá, ela continuou com
as mesmas práticas erradas (23:18-21)
G. Deus dirige as palavras de advertência a Oolibá, o povo de Juda (23:22-49)
1. Por causa da infidelidade de Oolibá (Judá), Deus a entregaria aos amantes dela – os
babilônios e os filhos da Assíria (23:22-23)
2. Os amantes agora são os instrumentos de justiça que Deus traz para castigar severamente a mulher adúltera (23:24-29)
a. O efeito de entregar Oolibá aos amantes seria uma purificação da idolatria: “não levantarás os olhos para eles e já não te lembrarás do Egito” (23:27)
b. Semelhantemente, há situações em que uma igreja precisa entregar a Satanás um
malfeitor para a destruição dos desejos carnais (1 Coríntios 5:4-5). O resultado
esperado é a purificação e a salvação daquele irmão
3. Deus deixaria as nações castigarem Oolibá porque ela praticou a prostituição espiritual,
a idolatria, e não aprendeu com os erros de sua irmã, Oolá (23:30-35)
a. Judá não aprendeu a lição, e cometeu os mesmos erros que haviam levado Israel
ao castigo (23:30-31)
b. Deus daria a Oolibá o mesmo copo de desolação que deu a Oolá (23:32-35)
4. Um resumo dos crimes das irmãs infiéis (23:36-45)
a. Adultério/idolatria (23:37,40-45)
b. Derramamento de sangue (23:37,45)
c. Sacrifícios de filhos (23:37,38)
d. Contaminação do santuário de Deus (23:38,39)
e. Profanação dos sábados (23:38)
5. As mulheres adúlteras foram condenadas por Deus e seriam castigadas (23:46-49)
a. A punição para o adultério, na Lei do Antigo Testamento, foi a morte (Levítico
20:10)
b. A aplicação desta punição às irmãs adúlteras teria o efeito de impedir que outras
mulheres cometessem o mesmo pecado (23:48). A pena de morte, conforme a
vontade de Deus, serve como advertência para outras pessoas que enfrentam
tentações semelhantes
II. A Parábola de Carne numa Panela (24:1-14)
A. Esta profecia traz uma data importante, o mesmo dia que o cerco de Jerusalém começou
– contando as datas pelo reinado de Zedequias ou o cativeiro de Joaquim foi o nono ano,
A “Prostitiução” inclui o“Adultério” – Ouvimos hoje algumas dout rinas estranhas sobre
te x to s c o mo Ma te u s 19 :9 n as q u a is a lg u ma s p es s o a s afirma m que a prostituição (da palavra p o rn e ia n o gre g o ) n ã o p o de s ig n ific a r a d ulté rio . A c o n c lu s ã o d e s te s e ns in a me n to s é a p os iç ã o q u e n e g a o d ire ito a o d ivó rc io e m c a s o s de a du lté rio . E ze q u ie l 2 3 é u m d e vá rio s e x emp lo s b íb lic o s e m
que a palavra prostituição (na LX X , d a me s ma p ala vra g re g a u s a d a em Mateus 19:9) é usada para d e s c re ve r o a d u lté rio – re la ç õ e s s e x u a is e n vo lve n d o u ma p es s o a q u e já a s s umiu o c o mp ro mis s o d o c a s a me n to . Qu a n d o e s tu d a mo s a B íb lia , d e ve mo s p re s ta r a te n ç ã o e m d e ta lh e s de s te tip o pa ra n ão
s e rmo s e ng a n a do s p or fa ls o s me s tre s q ue d is to rc e m a s E s c ritu ra s .O Atalaia de Israel 39 décimo mês, décimo dia, ou seja, 589/588 a.C. (24:1-2; cf. Jeremias 39:1; 52:4; 2 Reis 25:1)
B. Deus mandou que Ezequiel cozinhasse carne numa panela enferrujada (24:3-14)
1. Mandou que colocasse pedaços bons de carne, com os ossos, na água na panela
(24:3-5)
2. Depois falou para ele tirar os pedaços, sem escolha, da panela enferrujada (24:6)
3. Este ato serviu para condenar a cidade sanguinária que derramou sangue sobre pedra,
onde não foi coberto com pó (24:7-8). A culpa de Jerusalém continuou descoberta,
motivo de castigo (24:9-10)
4. Depois, ele coloca a panela enferrujada, vazia, sobre as brasas para tentar tirar a
ferrugem, mas não consegue purificar a panela (24:11-12)
5. A mensagem para Jerusalém: ela não seria purificada até Deus satisfazer a sua ira no
julgamento da cidade sanguinária (24:13-14)
III. A Morte da Mulher de Ezequiel Representa a Destruição do Templo (24:15-27)
A. De todas as ilustrações dramáticas do trabalho de Ezequiel, este deve ter sido a mais difícil
B. Deus falou para ele que a mulher do profeta ia morrer de repente, e que ele não poderia
lamentar por ela (24:15-17)
C. Pela manhã, ele falou ao povo e, à tarde, a mulher dele morreu (24:18)
D. No dia seguinte, ele fez o que Deus mandou e não lamentou pela mulher (24:18)
E. Quando o povo perguntou sobre o significado de tudo isso, ele explicou (24:19-24)
1. Deus falou que ele tiraria a “delícia” dos olhos do povo – o templo em Jerusalém, e
que os filhos deles seriam mortos (24:19-21)
2. Como Ezequiel não tinha lamentado, eles não lamentariam (24:22-24)
F. Ezequiel não teria outras revelações de Deus até chegar um mensageiro com a notícia da
destruição do templo (24:25-27)
Conclusão: Ezequiel continuou seus esforços para mostrar ao povo a justiça de Deus e para
chamar o povo rebelde ao arrependimento verdadeiro. Ele usou uma série de ilustrações para
avisar o povo, chegando à cena difícil de aceitar, sem lamentação exposta, a morte de sua mulher.
Já era tarde demais para salvar os habitantes de Jerusalém, mas Ezequiel ainda lutava para
resgatar alguns dos restantes entre os cativos.

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