6/05/2011

salmos 42 a 49

Salmos 42 Espera em Deus

e 43 Salmos 42 e 43 juntos formam um poema de três estrofes, cada uma terminando com o mesmo refrão (42:5,11; 46:5). Assim é provável que o Salmo 43, também, fosse escrito pelos filhos de Corá.

42:1-5 O salmista tem sede de Deus (veja Mateus 5:6), desejando estar na presença do Senhor, enquanto outros duvidam e questionam a sua comunhão com Deus (1-3)

Ele se lembra da alegria de guiar os fiéis ao templo de Deus (4)

No refrão, ele olha para Deus para acalmar a sua alma inquieta (5)

42:6-11 Nos lugares mais distantes, mais altos, mais baixos e até nas ondas do mar, o salmista lembra de Deus para superar a opressão de seus inimigos (6-10). De novo, eles perguntam: “O teu Deus, onde está?” (10; veja 3)

No refrão, ele novamente acha refúgio em Deus (11)

43:1-5 Esta, a terceira estrofe, apresenta uma mensagem mais otimista e mais convicta. O autor invoca o nome do Senhor para enviar a luz e o guiar ao santo monte, onde o homem louva a Deus (1-4). Esta vez, a última linha antes do refrão muda de questionamento dos inimigos para a afirmação confiante do justo. Nas primeiras duas estrofes, ele repetiu a pergunta dos descrentes: “O teu Deus, onde está?” (42:3,10). Mas esta vez, ele termina com o louvor do crente: “ó Deus, Deus meu” (4)

O mesmo refrão encerra o poema (5)

Salmo 44 O Povo Perseguido Pede Socorro

1-3 Deus estabeleceu o povo de Israel na terra prometida

4-8 Deus, e não o braço humano, deu vitórias para Israel contra os seus inimigos

9-16 Mas agora, ele os deixou sofrer opressão nas mãos dos inimigos

17-22 Mesmo assim, o autor diz que o povo continuou fiel a Deus, e não se entregou à idolatria. Assim ele sugere que os inocentes sofriam a perseguição. Paulo usa o versículo 22 para falar sobre a perseguição de cristãos inocentes (Romanos 8:36), num contexto que frisa o auxílio de Deus na vida dos fiéis

23-26 O Salmo encerra com um pedido a Deus, pedindo salvação da opressão

Salmo 45 O Casamento do Rei

Como freqüentemente acontece em mensagens proféticas, este Salmo evidentemente aplica-se a dois reis. Provavelmente tenha sido escrito em honra do casamento de um rei de Israel ou de Judá, e estende a Jesus, conforme a citação em Hebreus 1:8-9. Ao longo da história, têm surgido várias sugestões em relação à ocasião original do Salmo. Alguns sugerem o casamento de Salomão com a filha do Faraó (1 Reis 3:1), ou de Salomão com uma princesa sidônia (veja 1 Reis 11:1-5). Outros sugerem o casamento de Acabe com Jezabel (1 Reis 16:31). Ainda outros acham mais provável o casamento de Jeorão, um descendente de Davi, com Atalia, filha de Acabe e Jezabel e, por isso, descendente dos reis de Sidom (2 Reis 8:16-18,25-26).

1-5 O rei é elogiado por sua beleza, coragem, glória, justiça, etc.

6-9 A citação em Hebreus 1:8-9 claramente aplica os versículos 6 e 7 ao Messias, e serve para reforçar a doutrina da divindade de Cristo. O rei aparece em toda a sua glória, acompanhado pela rainha adornada de ouro (8-9)

10-17 A formosa noiva esquece de seu povo e entra no palácio do Rei, onde é abençoada para sempre (veja Efésios 5:25-27; Apocalipse 19:7-8; 21:2)

Salmo 46 Deus no Meio da Sua Cidade

1-3 O povo confia em Deus para proteção de todo tipo de mal

4-7 Deus está no meio de sua cidade, assim garantindo a segurança do povo. O sentimento deste Salmo foi abusado por gerações posteriores, até o ponto que Jeremias falou que a presença do templo no meio de um povo ímpio não daria proteção para ninguém (Jeremias 7:1-15). Da mesma maneira,muitas pessoas hoje confiam em alguma coisa, talvez alguma imagem ou uma igreja como garantia da salvação. Nenhuma coisa garantirá a salvação de pessoas que desrespeitam a palavra de Deus

8-9 Deus mostrou a sua mão forte nas vitórias contra vários povos

10-11 Deus, exaltado entre as nações, é o refúgio do seu povo

Salmo 47 Deus É o Grande Rei

1-4 O salmista convida os homens a louvarem o tremendo Deus que exaltou o seu povo sobre as nações

5-9 Deus, o Rei de toda a terra, merece a adoração de todos

Salmo 48 Louvor na Cidade de Deus

1-3 Deus é exaltado na sua cidade, no seu santo monte

4-8 Deus estabelece o seu poder em sua cidade, e espalha os reis inimigos

9-11 Onde ouve-se o nome de Deus, ele merece adoração por sua perfeita justiça

12-14 Sião (o monte do templo em Jerusalém) foi estabelecido e mantido pelo poder de Deus. Ele é o Deus eterno e o guia para sempre

Salmo 49 A Vaidade da Vida do Homem Materialista

1-4 O salmista (dos filhos de Corá) introduz este Salmo didático dirigido a todos os homens, ricos e pobres

5-6 O servo do Senhor não tem motivo para temer os ímpios que confiam nos seus bens materiais

7-14 A riqueza não salva! Ninguém pode ser remido com dinheiro. Todos morrerão e deixarão os seus bens para outros. Os ricos se dedicam ao acúmulo de bens, ou ao desejo de deixar algum tipo de memorial para o futuro, mas o próprio homem morre como um animal. Obs.: Alguns grupos religiosos usam trechos como este, especialmente versículos como 12 e 20, para defender doutrinas de aniquilamento dos ímpios. Devemos lembrar que os Salmos usam linguagem poética e que freqüentemente falam do ponto de vista terrestre. Da mesma maneira que alguém poderia sugerir que a morte traz destruição total, este Salmo também fala de “habitar” na sepultura (14) e de estar com os pais (já mortos) num lugar de trevas (19). Este Salmo não ensina o aniquilamento dos perversos.

15 Em contraste com os perversos, que não acham redenção nas riquezas, o justo confia na redenção divina, sabendo que estará com Deus

16-20 Não devemos temer os ímpios, pois não vencerão a morte. A “vitória” deles é pura vaidade

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