O terceiro discurso de Eliú (35:1-16)
A. Eliú cita as queixas de Jó (35:1-3).
1. A citação no versículo 2 ("Maior é a minha justiça do que a de Deus?") não parece ser uma citação real de Jó, mas antes a percepção de Eliú da opinião de Jó.
2. Enquanto a citação no versículo 3 também não parece ser uma citação palavra por palavra, ela parece conter o sentido das palavras de Jó em 9:28-31.
B. Eliú replica às alegações de Jó (35:4-8).
1. A referência a "amigos" (v. 4) provavelmente significa outros com a atitude de Jó , antes que seus três amigos Elifaz, Bildade e Zofar.
2. Ele chama a atenção de Jó para o fato de que um Deus transcendente não é afetado (ajudado ou atingido) nem pela justiça do homem nem pela impiedade (vs. 5-7).
3. Eliú não parece estar dizendo que Deus é indiferente ao comportamento do homem (veja 36:5-15).
4. Outros homens são afetados pelo comportamento de um homem (v. 8).
C. Eliú explica porque Deus deixa de aliviar algum sofrimento (35:9-13).
1. Os oprimidos clamam (v. 9), mas Deus não responde (v. 12).
2. Eliú sugere que a razão porque Deus não responde é porque aqueles que clamam freqüentemente o fazem sem intenção de reconhecer a soberania de Deus ou glorificá-lo, pois são muito orgulhosos (vs. 10-12).
D. Eliú repreende Jó (35:14-16).
1. Eliú observa Jó dizer que apresentou seu caso e não pode encontrar Deus para ouvi-lo. Eliú aconselha-o a ser paciente, porque Deus conhece sua situação e agirá (v. 14).
2. Jó disse que ansiava por um encontro face a face com Deus para apresentar seu caso (por exemplo, 23:3-5).
3. Eliú afirma que Jó, porque Deus não agiu rapidamente, entregou-se a conversa vã e tola (vs. 15-16).
A conclusão de Eliú (36:1 - 37:24)
A. Eliú reafirma a justiça de Deus (36:1-15).
1. Eliú roga paciência de Jó porque tem mais o que dizer (vs. 1-4). Se Eliú estiver falando de si mesmo no versículo 4, como parece provável, sua arrogância é um tanto irresistível (contudo, veja 37:16 que fala de Deus).
2. Eliú apoia sua afirmação da justiça de Deus descrevendo-a.
a. Ele exalta os justos e deserda os ímpios (vs. 6-7).
b. Se os justos de fato sofrem, sua dor é disciplinar por natureza. Se eles gozarem de prosperidade ou perecerem no futuro, depende deles receberem adequadamente o castigo de Deus (vs. 8-12; observe o mesmo argumento em 33:14-30).
3. Eliú descreve aqueles que não se converterão de seu pecado e retrata o seu fim (vs. 13-15).
a. Observe a similaridade entre o discurso de Eliú aqui e o de Elifaz (cap. 15).
b. "Prostitutos cultuais" é provavelmente uma referência a prostitutos masculinos do templo. É também provável que estes indivíduos fossem homossexuais (veja 1 Reis 14:24; Deuteronômio 23:17).
B. Eliú acautela Jó (36:16-25).
1. Eliú aplica os princípios que acaba de notar a Jó como uma explicação para o sofrimento contínuo de Jó (vs. 16-17).
2. Ele adverte Jó para que sua precipitação não faça com que Deus o destrua subitamente, lembrando que ele, Jó, não poderia impedir tal julgamento (vs. 18-19).
3. Eliú admoesta Jó a escolher suportar seu sofrimento do que voltar-se, em seu desencorajamento, para a iniqüidade (vs. 20-21).
4. Eliú continua advertindo Jó, asseverando implicitamente que ninguém tem direito a ensinar ou admoestar Deus (vs. 22-23).
5. A resposta adequada do homem a Deus é magnificá-lo (vs. 24-25).
C. Eliú ilustra a grandeza e o poder de Deus (36:26 - 37:13).
1. Eliú chama a atenção de Jó para a obra de Deus na natureza, particularmente para o seu domínio do tempo (nuvens, trovão, neve, chuva, vento, etc.).
a. Ele menciona diversos propósitos por trás dos atos de Deus: julgamento ou correção (36:31; 37:13); provisão de alimento (36:31); misericórdia (37:13).
b. Por diversas das suas afirmações (por exemplo, 36:29; 37:5, 7), torna-se aparente que o propósito de Eliú é impressionar Jó com a impotência do homem comparada com o poder de Deus.
2. Em minha opinião, Eliú sustenta belamente e com sucesso sua proposição, "Deus é grande" (36:26).
D. Eliú desafia Jó (37:14-24).
1. Ligado com a parte anterior, Eliú faz a Jó um número de perguntas destinadas ou a mostrar sua incapacidade para entender os atos de Deus ou a impotência de Jó diante de Deus (vs. 14-18).
2. Eliú, com uma ponta de zombaria, pergunta a Jó o que os homens deveriam dizer a Deus. Ele então, afirma que, para os homens falarem ignorantemente seria convidar a destruição, algo que Eliú não deseja fazer (vs. 19-20).
3. Eliú fala da inacessibilidade a Deus, mas afirma que o homem pode confiar em que ele seja justo e que, como resultado, os homens o reverenciem.
4. Eliú afirma que Deus não olha aqueles que são "sábios em seu próprio entendimento". Pode ser que Eliú fez esta afirmação tendo Jó em mente.
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