O segundo discurso de Bildade (18:1-21)
A. Bildade repreende Jó (18:1-4).
1. Bildade se admira de por quanto tempo Jó continuará a argumentar (v. 2).
2. Sua indignação com o desrespeito de Jó para com a sabedoria dos seus amigos é evidente (v. 3).
3. Bildade afirma que é Jó quem está se dilacerando. Ele pode estar respondendo aos comentários de Jó em 16:6-14. Ele ainda pergunta se Jó espera que a ordem natural das coisas (por implicação, a lei da retribuição) seja mudada por sua causa (v. 4).
B. Bildade descreve o destino dos ímpios (18:5-21).
1. O ímpio ficará nas trevas (vs. 5-6). Preservar uma lâmpada na tenda foi um modo de dizer que a família, que ali vivia, continuaria (1 Reis 11:36; 15:4; 2 Reis 8:19). Por outro lado, a idéia da lâmpada na tenda sendo apagada, sugere o fim da família que vivia naquela tenda.
2. Seu caminho será difícil (v. 7).
3. Bildade afirma a inevitabilidade da queda do ímpio, assemelhando-o a um animal apanhado num laço ou armadilha (vs. 8-19)
4. É difícil dizer se os "assombros" do versículo 11 são realmente calamidades afligindo os ímpios, seguindo cada passo, ou se Bildade está fazendo referência aos terrores de uma consciência má, como é descrita por Elifaz (15:21-23).
5. O ímpio será afligido pela fraqueza, doença ("primogênito da morte") e finalmente será vendido pela morte (vs. 12-15).
a. O "rei dos terrores" parece ser uma personificação da morte.
b. Sua casa fica desolada e amaldiçoada.
6. Bildade declara que os ímpios "secarão" e "murcharão". deixando nenhuma posteridade para trás (vs. 16-19).
7. Tal destino espanta os homens por toda parte (vs. 20-21).
A réplica de Jó a Bildade (19:1-29)
A. Jó responde à repreensão de Bildade (19:1-6).
1. Ele se admira de por quanto tempo os amigos continuarão a atacá-lo (v. 2).
2. Pelas suas reprovações eles o maltrataram e ainda não mostraram vergonha pelas suas atitudes. "Dez" é um número que significa "freqüentemente" (v. 3).
3. Apesar dos amigos afirmarem que ele era pecador, Jó quer que eles saibam que Deus o tem maltratado (vs. 4-6).
B. Jó recita o tratamento que Deus lhe deu (19:7-20).
1. As "tropas" do versículo 12 pode ser uma forma figurada de descrever as aflições de Jó.
2. Deus fez com que todos aqueles que poderiam confortá-lo ou consolá-lo fossem afastados dele (vs. 13-20). O efeito de tal afastamento como é descrito nesta parte sobre alguém que é acostumado com o respeito dos outros não deverá ser subestimado.
C. As súplicas de Jó (19:21-27).
1. Ele clama por piedade aos seus amigos, perguntando se eles precisam persegui-lo como Deus tem feito (vs. 21-22).
2. Ele deseja que suas considerações de inocência possam ser preservadas para a posteridade em um livro ou, melhor ainda, escritas numa rocha (vs. 23-24).
3. Numa triunfante expressão de fé, Jó externa sua convicção de que no final Deus o justificará. A palavra traduzida como"Redentor" no versículo 25 se refere ao parente-resgatador, o parente consangüíneo mais próximo, a quem, sob a Lei de Moisés, era dada a responsabilidade de vingar o sangue derramado ou o resgate de propriedade (veja Levítico 25:25, Rute 4:4; Números 35:19, 21).
D. Jó faz uma advertência aos seus amigos (19:28-29).
O segundo discurso de Zofar (20:1-29)
A. Aparentemente um tanto picado pela advertência de Jó (19:28-29), Zofar sente-se compelido a "partilhar" seu entendimento com Jó (20:1-3).
B. Zofar relembra Jó de que a vida e a prosperidade dos ímpios é breve (20:4-11).
1. A brevidade da prosperidade do ímpio é um fato conhecido desde a antigüidade. Zofar pergunta se Jó não sabe disto (vs. 4-5).
2. Sem importar a altura de sua arrogância, ele perecerá e não será lembrado (vs. 6-9).
3. Sua posteridade não gozará sua prosperidade (v. 10).
4. O ímpio morrerá jovem, isto é, em sua plena força (v. 11).
C. Zofar identifica o salário da impiedade (20:12-29).
1. Nos versículos 12-14, ele usa uma figura interessante para descrever a atitude do ímpio para com o mal. É como um delicioso pedaço de comida que ele mantém na boca, saboreando o gosto e desejando degustá-lo até o fim. Contudo, quando ele engole, a mesma comida é transformada em veneno!
2. Seguindo a mesma idéia, o ímpio não gozará ou reterá os frutos de sua impiedade (vs. 15-23, 28-29).
a. Ele se tornará presa dos outros (v. 22).
b. Quando ele tentar gozar sua prosperidade, Deus o punirá (v. 23).
3. O julgamento é certo e completo (vs. 24-26).
4. Conquanto Jó implorasse à terra que não encobrisse seu sangue (16:18), Zofar aqui personifica o céu e a terra levantando-se para testificar contra o pecador (v. 27).
A réplica de Jó a Zofar (21:1-34)
A. Jó apela a seus amigos (21:1-6).
1. Ele sugere que a atenção deles a seu discurso será a consolação adequada (v. 2).
2. Depois que ele terminar, eles poderão zombar à vontade (v. 3).
3. Jó declara que sua queixa não é contra o homem e justifica sua impaciência (vs. 4-6).
B. Jó relata a prosperidade dos ímpios (21:7-16).
1. Jó chama a atenção de seus amigos para os fatos reais da vida:
a. Os ímpios, de fato, vivem longas vidas e vêem seus descendentes (v. 7-8).
b. Eles prosperam materialmente (vs. 9-10).
c. Eles gozam a vida (vs. 11-13a).
d. Em contraste com Jó, os ímpios, freqüentemente, morrem rapidamente e sem sofrimento (v. 13b).
e. Jó afirma que estas são pessoas que abertamente desafiam a Deus (vs. 14-15).
2. Apesar destes fatos, Jó não tem simpatia pelos ímpios (v. 16).
C. Jó responde aos argumentos dos amigos (21:17-21).
1. Bildade tinha sugerido em seu discurso que a lâmpada dos ímpios é apagada (18:5-6). Jó pergunta, "Com que freqüência isto realmente acontece (v. 17)?"
2. Jó faz mais três perguntas, cujo sentido é, "Com que freqüência os ímpios recebem punição como vós (os amigos) têm asseverado?"
3. Antecipando a resposta hipotética que os filhos dos ímpios sofrerão (v. 19a), Jó sugere que a justiça real resultaria na punição dos ímpios e não de seus filhos (vs. 19-21). O próprio ímpio deveria "beber" da ira de Deus e experimentar pessoalmente a paga por seus pecados.
a. O homem ímpio não se preocupa com o que acontece com seus familiares depois que ele morre (v. 21).
b. Tal doutrina não oferece impedimento para o pecado.
D. A conclusão de Jó (21:22-26).
1. Ninguém é capaz de ensinar a Deus (v. 22).
2. O ponto de Jó nos versículos 23-26 parece ser que não se pode generalizar sobre a punição temporal dos ímpios. Alguns prosperam, outros sofrem, mas finalmente todos eles morrem, todos eles são dirigidos para o mesmo fim.
E. Jó responde a seus amigos ainda mais (21:27-34).
1. Ele está ciente de que eles procuraram caracterizá-lo como ímpio (v. 27).
2. Em resposta a uma pergunta hipotética de seus amigos (perguntando pela evidência da prosperidade do ímpio como Jó a esmiuçou), Jó replica que qualquer viajante poderia dizer-lhes que as coisas não são como eles têm estado afirmando (v. 29). De fato, o ímpio, em vez de ser afligido, é freqüentemente poupado no dia da calamidade e livrado da ira (v. 30).
3. Em vez de serem condenados, os homens honram os ímpios em sua morte (vs. 31-33).
4 Em vista das falsidades de suas teorias, Jó pergunta como seus três amigos esperam consolá-lo (v. 34).
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