Estudo Textual: 2 Pedro 1:1-21Buscando Vida e Santidade
Algumas vezes é necessário sermos lembrados de coisas que já sabemos. O apóstolo Pedro reconheceu este fato e escreveu sua segunda epístola com este propósito em mente (1:12-15). Referindo-se ao seu corpo como "um tabernáculo," uma morada temporária, ele previu sua morte próxima e desejou lembrar seus leitores da necessidade do crescimento espiritual.
Pedro começa sua segunda epístola observando o glorioso privilégio que foi dado aos cristãos. Através das preciosas promessas que Deus tem nos feito, podemos tornar-nos participantes da divina natureza, no sentido em que podemos ser santos como ele é santo, livres da corrupção do pecado (1:4). Deus chama os homens através do evangelho para participarem de sua própria glória e virtude (1:3; 2 Tessalonicenses 2:13-15). Através deste poder divino e nosso entendimento de sua revelação, Deus providenciou tudo o que o homem precisa para sua vida espiritual e santidade (1:3). O comentário de Pedro se harmoniza bem com a promessa de Jesus aos seus apóstolos que o Espírito Santo os guiaria em toda a verdade (João 16:13).
Em vista das providências que Deus tem tomado para abençoar-nos espiritualmente, qual deveria ser nossa resposta? Pedro observa que precisamos empenhar-nos com diligência para crescer em caráter, mencionando sete qualidades que devemos acrescentar a nossa fé (1:5-7). Se acrescentarmos estas qualidades, não seremos infrutíferos e poderemos confirmar nosso chamado e eleição por Deus (1:8,10). Por tal crescimento espiritual, podemos estar seguros de nossa entrada no próprio céu (1:11). O cristão que não se aplica em desenvolver estas qualidades é espiritualmente cego, tendo esquecido o quanto Deus já tem feito por ele no perdão dos seus pecados (1:9).
Pedro afirma que seu ensinamento a respeito do poder e da vinda do Senhor não derivou de fábulas que ele havia inventado, mas que era testemunha ocular da majestade de Cristo (1:16). Ele tinha em mente a ocasião quando Jesus foi transfigurado, um acontecimento ao qual ele esteve presente para testemunhar a glória do Senhor (1:17; Mateus l7:1-8). Em acréscimo ao testemunho ocular dos apóstolos, as profecias do Velho Testamento também afirmaram a glória e o poder do Senhor. Estas profecias não se originaram da vontade humana, antes os profetas falaram como foram movidos pelo Espirito Santo (1:19-21).
Perguntas para estudar:
Uma vez que Pedro afirmou a plenitude das provisões de Deus no primeiro século, deveríamos esperar uma revelação adicional hoje para atingir a mesma meta, vida e santidade?
Como Pedro descreve o cristão que não se esforça para crescer espiritualmente?
Qual é o resultado de acrescentar qualidades espirituais nos versículos 5-7 para nosso caráter?
Qual ocasião na vida de Cristo Pedro menciona?
Estudo Textual: 2 Pedro 2:1-21Cuidado com os Falsos Mestres
No fim do capítulo um, Pedro disse que os profetas do Velho Testamento foram movidos (guiados) pelo Espírito Santo. Contudo, ele observa no capítulo 2 que havia falsos profetas (homens declarando falsamente estarem falando por Deus) no meio do povo de Israel e haverá falsos mestres entre os cristãos. É claro que estes falsos mestres são cristãos que decaíram do Senhor. Eles negam que o Senhor os resgatou do pecado (2:1). Infelizmente, outros discípulos serão enganados por eles e os seguirão (2:2-3). Pedro escreve que estes faltos mestres certamente serão punidos pelo Senhor (2:1,3,9-10,12,17).
Para que ninguém pense que estes falsos mestres podem per-manecer escondidos no meio da igreja, Pedro afirma a capaci-dade do Senhor para separar os justos dos injustos, punindo os injustos e preservando os retos (2:4-9). Para ilustrar este ponto, Pedro cita os exemplos de anjos que pecaram (2:4; veja também Judas 6), Noé e sua família (2:5) e Ló (2:6-8). Os anjos rebeldes estão reservados para o julgamento. Noé e sua família foram salvos do dilúvio enquanto o resto da humanidade foi afogada. Ló foi resgatado de Sodoma, mas a cidade inteira foi completamente destruída. Pedro é cuidadoso ao notar a retidão de Noé e Ló.
Pedro descreve o caráter destes falsos mestres. Eles são arrogantes e não têm respeito pela autoridade (2:10,18). Eles são indivíduos gananciosos, tirando lucro financeiro dos seus "discípulos" (2-3S "movidos por avareza, farão comércio de vós"; 2:14S "tendo coração exercitado na avareza"; 2:15S seguiram no erro de Balaão que queria lucrar amaldiçoando Israel). Além disso, eles são culpados de imoralidade (2:10S "imundas paixões"; 2:13S "sua luxúria carnal"; 2:14S "tendo os olhos cheios de adultério").
Pedro descreve vivamente a situação daqueles que deixam Cristo e retornam ao mundo. Eles se tornam escravos da corrupção (2:19). O último estado destas pessoas (mais uma vez enredados no pecado) é pior do que o primeiro. Tendo sido libertados da corrup-ção do mundo através do seu conhecimento de Cristo, se retornam a estas contami-nações, eles são com-paráveis ao cão que retorna para comer seu próprio vômito e o porco lavado que retorna ao lamaçal (2:20-22). Que mais tem o evangelho para oferecer àqueles que rejeitaram Jesus Cristo? Absolutamente nada!
Perguntas para estudar:
Como podemos saber que estes falsos mestres eram cristãos?
Quais exemplos do Velho testamento Pedro cita para mostrar que Deus pode separar o justo do injusto?
Quem Pedro descreve como sendo arrogante, ganancioso e imoral?
É possível para um cristão decair de Cristo e se perder?
Estudo Textual: 2 Pedro 3:1-18Jesus Voltará!Ao escrever esta epístola, Pedro identificou sua meta em 1:12-15. Agora, no capítulo três, ele se refere de novo ao seu propósito: ele deseja relembrar seus leitores das palavras ditas pelos santos profetas e pelos apóstolos (3:1-2).
Pedro adverte estes cristãos que nem todos estão querendo crer na palavra de Deus. Eles esperariam nos “últimos dias” alguns que zombassem da idéia de Cristo vindo novamente (3:3-4). A expressão “últimos dias” é usada para descrever a era dos cristãos bem como este período de tempo é o último no plano de Deus para a redenção (veja Atos 2:16-17 e Hebreus 1:1-2 para confirmação que os “últimos dias” começaram no primeiro século). A razão para a descrença dos zombadores era que tanto tempo tinha se passado com a ordem natural das coisas continuando, sem nenhum sinal de sua vinda. Os zombadores até afirmaram que as coisas têm continuado “normalmente” desde a criação (3:4).
Pedro observa a falsidade no argumento destes escarnecedores. Eles tinham esquecido de propósito o dilúvio no tempo de Noé! Os mesmos céus e terra que foram criados pela palavra de Deus foram mais tarde destruídos pela Sua palavra (3:5-6). Pela mesma palavra os céus e a terra (isto é, o mundo) que agora existem foram reservados para a destruição pelo fogo (3:7).
Tendo corrigido a premissa falsa destes zombadores, Pedro afirma que o cumprimento da promessa da vinda de Cristo é independente do tempo que passou. Para o Senhor, mil anos são o mesmo que um dia. Pedro não está dando um horário para o cumprimento da profecia; sua ilustração pretende indicar que o Senhor não conta o tempo como fazem os homens (3:8).
A passagem do tempo não representa a infidelidade de Deus, mas antes sua misericórdia (3:9). Não obstante, o Dia do Senhor certamente virá sem aviso, como um ladrão na noite, trazendo com ele a destruição da terra e de todas as obras dos homens (3:10).
Em vista da destruição vindoura e do julgamento, Pedro encoraja estes cristãos a viverem vidas piedosas, sempre prontos para a vinda de Cristo. Eles têm que considerar a demora da vinda do Senhor como uma demonstração de longanimidade (3:11-15). O apóstolo também exorta seus leitores a evitar o perigo de decair de Cristo, pelo crescimento na graça e conhecimento de Cristo (3:15-18).
Perguntas para Estudar:
1. De qual evento do Velho Testamento Pedro relembra os zombadores?
2. O Senhor conta o tempo como os homens fazem?
3. O que acontecerá com a terra quando Jesus voltar?
4. Como deveremos responder ao fato que Jesus voltará sem aviso?
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