5/20/2011

Salmos 78 - 82

Deus é o pastor de Israel, um povo rebelde e desobediente. Estes Salmos relatam exemplos históricos desde o Egito até o cativeiro babilônico, mostrando como Deus fazia maravilhas e o povo se rebelava. São Salmos que mostram o
arrependimento do povo e a sua dependência de Deus. Os autores perguntam sobre a vingança divina que caiu sobre Israel, e pedem a retribuição contra os inimigos. Pedem proteção, misericórdia e salvação.

Salmo 78 Ensinar o Que Aprendeu dos Pais

Este Salmo é uma lição sobre a fé baseada na história das obras de Deus. Traça a história de Israel, do Egito ao reinado de Salomão, frisando a importância de lembrar das coisas feitas no passado para transmitir aos descendentes a mensagem da grandeza e da fidelidade de Deus. Serve como exemplo instrutivo para os servos de Deus nos dias de hoje. Na sua leitura, preste atenção aos temas de rebeldia, fé (crença) e confiança

1-4 Asafe chama os israelitas a transmitirem as mensagens do passado, falando das maravilhas que Deus fez

5-8 Deus ordenou que os pais ensinassem os seus filhos e confiassem nele, para não repetirem os erros do passado (veja Deuteronômio 6:5-9; Efésios 6:4). O contraste dos versículos 7 (confiança e obediência) e 8 (rebeldia e infidelidade) bem representa o tema deste Salmo

9-11 Os filhos de Efraim são citados como exemplo de rebeldia e falta de fé. Não sabemos se ele tinha em mente aqui uma ocasião específica de covardia e falta de confiança no Senhor, mas sabemos que Efraim, uma das maiores tribos, freqüentemente se opunha aos servos de Deus nas gerações anteriores. Bem antes da divisão do reino, que aconteceu logo após a morte de Salomão, já houve uma certa dissensão em Israel

12-20 Apesar dos sinais que Deus realizou diante o povo de Israel, a nação se mostrou rebelde e obstinada. Estes versículos traçam a história dos sinais e pragas no Egito (12), à divisão do Mar Vermelho (13), ao início da jornada no deserto, em que Deus os guiou e lhes providenciou água (14-16). Mesmo assim, o povo foi rebelde e reclamou sobre tudo que Deus fez, sempre querendo algo mais e alguma coisa melhor (17-20)

21-31 Deus ficou indignado com o povo infiel, mas não deixou de abençoá-lo. Ele lhes deu o maná (24) e os codornizes (27). Mesmo assim, o povo ingrato trouxe sobre si a ira de Deus (30-31)

32-39 O pecado contínuo trouxe a conseqüência de morte sobre o povo. Quando encararam esta conseqüência, voltaram a Deus, mas o arrependimento deles era só da boca para fora. Nestes versículos, Asafe deixa bem claro que o povo não foi fiel, mas que Deus sempre foi misericordioso para com eles, apesar da rebeldia de Israel

40-58 O povo se mostrou rebelde repetidas vezes, apesar de todas as provas do poder e da fidelidade de Deus. Foram infiéis no deserto, esquecendo de todas as obras que Deus realizou no Egito. Aqui ele cita diversas pragas, incluindo a 1ª (44), a 2ª (45), a 4ª (45), a 7ª (47), a 8ª (46) e a 10ª (51). Continua as provas históricas com a divisão do Mar Vermelho (53), os sinais no monte Sinai (54) e a conquista da terra prometida (55). “Ainda assim”, foram rebeldes, desobedientes e idólatras (56-58)

59-64 A longa história de rebeldia por parte de Israel foi motivo dos castigos que Deus trouxe na época dos juízes (59-64). Ele inclui aqui os problemas da época de Eli e Samuel (60-61)

65-72 Deus despertou e salvou o povo novamente. A obra salvadora incluiu a escolha de Judá como a tribo real, de Sião (Jerusalém) e do templo como lugar de adoração, e especificamente de Davi como bondoso pastor de seu povo. Obs.: Pastores, hoje em dia, devem pensar bem no significado dos versículos 71 e 72. Deus exige menos dos homens que pastoreiam seu rebanho hoje?

Salmo 79 O Povo Pede Justiça Depois da Destruição de Jerusalém

Em relação às circunstâncias deste Salmo, leia os comentários de introdução ao Salmo 74 (lição 14). Este Salmo, obviamente, foi escrito depois da destruição de Jerusalém

1-4 A lamentação sobre a destruição de Jerusalém e a morte de muitas pessoas

5-7 O questionamento e pedido de vingança. Estes versículos refletem bem a mesma mensagem que encontramos em Habacuque. O Salmista pede vingança divina, o castigo das nações que vieram contra Israel

8-10 Como outras grandes orações, ele baseia seu pedido no caráter de Deus. O Senhor salvaria o seu povo, não porque Israel merecia a salvação, mas para preservar seu próprio santo nome

11-12 Ele pede tratamento diferente de duas categorias: salvação para os cativos e vingança para as nações

13 Ele encerra com palavras de louvor a Deus

Salmo 80 O Povo Oprimido Pede a Salvação

Este Salmo é um pedido a Deus resumido no refrão dos versículos 3, 7 e 19: “Restaura-nos, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos”

1-3 A oração é dirigida a Deus, o pastor de Israel, que está entronizado acima dos querubins

4-7 Até quando? O povo pergunta sobre a duração da ira de Deus contra a nação desobediente

8-13 O resumo da história do povo: o êxodo do Egito (8), a conquista da terra prometida (8), a prosperidade do povo na terra (9-11), o castigo pela mão de opressores (12-13). Ele introduz a figura de uma videira plantada por Deus (8)

14-19 Ele encerra o Salmo pedindo que Deus olhe do céu para ver a circunstância triste do povo, e que ele aja para salvar a sua videira, o povo da destra de Deus. O povo promete sua fidelidade se Deus o salvar

Salmo 81 Se o Povo Escutasse!

1-3 Chamada ao louvor, especificamente olhando para a Páscoa (festa comemorada na lua cheia)

4-7 Esta festa tem sua base na ordem de Deus, dada quando ele livrou o povo da escravidão no Egito (Êxodo 11-17). Quando o povo falou, mesmo reclamando contra Deus, ele ouviu e atendeu os seus pedidos

8-11 Mas quando Deus falou, o povo não escutou

12-16 Quando o povo insistiu em andar na rebeldia, Deus o deixou. Por esse motivo, Israel sofria e não recebia o apoio que Deus queria lhe dar. Se o povo fosse obediente, Deus o abençoaria para sempre

Salmo 82 O Deus Justo Julga os Juízes

1 Deus estabelece o seu julgamento no meio dos juízes. A palavra hebraica “elohim” é traduzida freqüentemente “Deus” ou “deuses”. A mesma palavra, porém, é usada, às vezes, para identificar criaturas que o serviam ou o representavam, como “juízes” (veja Êxodo 21:6; 22:8,9). Parece ser o significado neste Salmo. Compare esta mensagem com o Salmo 58

2-4 Ele repreende os juízes por sua injustiça. Era dever deles proteger as vítimas inocentes e castigar os malfeitores. Esses faziam ao contrário. Vários dos profetas condenavam os líderes corruptos de Israel e Judá, repetindo mensagens como essa (veja Isaías 1:23; Jeremias 5:28)

5 Os juízes que não governavam com retidão se mostraram instáveis, ao invés de promoverem a estabilidade do povo (veja Provérbios 29:4)

6-7 Mesmo sendo homens escolhidos para representar o justo Juiz, eram apenas mortais. Jesus citou o versículo 6 para mostrar a injustiça dos judeus que queriam apedrejá-lo (João 10:34)

8 O Salmista termina com um pedido a Deus, o verdadeiro Juiz das nações

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