12:1-8
Os fariseus criticaram os discípulos de Jesus por colher espigas para comer no sábado.
Jesus respondeu à crítica com vários argumentos:
(1) Davi e seus homens comeram os pães da proposição, mas isso não era lícito.
(2) Os sacerdotes, sob a lei de Moisés, trabalham ao sábado, assim "violando" a lei sem culpa.
(3) Deus dá mais importância à misericórdia do que aos holocaustos.
(4) Jesus é senhor do sábado (e, também, maior que o templo).
**Obs.: O argumento de Jesus sobre Davi e os pães de proposição é difícil de entender. Qual o sentido? Considere duas possibilidades para ver qual cabe melhor no contexto:
(1) Enquanto foi tecnicamente errado comer os pães do templo, Davi, seus homens e os sacerdotes não pecaram porque agiram de um modo misericordioso, salvando as vidas dos homens.
(2) Davi e seus homens pecaram enquanto os discípulos de Jesus não pecaram. Mas, os mesmos fariseus que defenderiam Davi como grande servo de Deus condenaram os discípulos de Jesus!
Eu acho a segunda explicação mais forte, por causa destes quatro motivos: (a) Jesus mesmo disse que o ato de Davi não era lícito (versículo 4); (b) Ele afirmou que os discípulos eram inocentes (versículo 7); (c) Jesus não considerou fome motivo para fazer coisas erradas (Mateus 4:2-4); (d) Ele ensinou a obediência completa aos mandamentos de Deus (Mateus 5:19).
**Obs.: Jesus é senhor do sábado. Alguns usam este versículo para defender a prática de guardar o sábado hoje em dia. Mas, no contexto, o ponto é outro. É uma afirmação da autoridade de Jesus. Ele é maior do que o templo e maior do que o sábado. Ele, sendo Deus, era a fonte das leis de Deus. Qualquer dúvida sobre a lei deveria ser resolvida por ele, e não pelos fariseus.
12:9-14
Uma vez que Jesus se declarou "senhor do sábado", os fariseus não demoraram em prová-lo. Quando foi apresentado no sábado um homem com uma mão defeituosa, eles perguntaram: "É lícito curar no sábado?"
Jesus respondeu com uma ilustração simples: Qualquer um tiraria uma ovelha de uma cova no sábado, e o homem vale mais do que a ovelha.
Jesus curou o homem, aparentemente sem "fazer" nada. Ninguém considera pecado falar no sábado, e os fariseus saíram frustrados. Eles não venceram pela palavra, então procuraram oportunidade de vencer pela violência.
12:15-21
Jesus não enfrentou seus inimigos. Ele não temia a morte, mas sabia que ainda não havia chegado a hora certa.
Deus escolheu Jesus, e ele se mostrou misericordioso, olhando para os frágeis e rejeitados.
**Obs.: Reflita no ponto de vista do Pai quando ele considerou o trabalho do Filho. Jesus era: (1) servo, (2) escolhido, (3) amado pelo Pai e (4) foi lhe agradável.
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Testando os Profetas: Eles Estão Falando a Palavra de Deus?
Mateus 12:22-50
12:22-32
Quando Jesus expulsou o demônio de um homem possesso, os fariseus alegaram que ele havia feito esse milagre pelo poder do diabo.
Jesus respondeu com estes argumentos:
(1) Um reino dividido não sobrevive: Será que o diabo estava se destruindo?
(2) A crítica deles atingia não apenas Jesus, mas os filhos deles que expulsavam (ou alegavam expulsar) demônios.
(3) Era necessário arramar o valente (Satanás) para roubar os bens dele (livrar as pessoas do domínio do diabo).
Em contraste com as alegações falsas dos fariseus, Jesus ofereceu algumas conclusões corretas:
(a) A expulsão dos demônios foi evidência nítida que o reino de Deus estava para chegar.
(b) Os homens ou apóiam ou se opõem a Jesus: não há meio termo.
(c) A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado imperdoável.
**Obs.: O trabalho principal do Espírito Santo foi a revelação e a confirmação da palavra de Deus. Ele revelou o evangelho e o confirmou com sinais e prodígios. Esta palavra é o meio escolhido por Deus para perdoar e salvar (Romanos 1:16). Alguém poderia falar contra Cristo e, depois, ser convencido pelos sinais e pela palavra dele e se arrepender. Tal pessoa seria perdoada. Mas, a pessoa que se endurece contra Deus, absoluta e finalmente rejeitando a palavra que o Espírito Santo, não teria possibilidade de ser salva. A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma atitude irreversível de rejeição da revelação de Deus. Se recusar durante a vida toda a palavra que o Espírito revelou, não tem promessa nem esperança de ainda outro Consolador.
12:33-37
A pessoa é julgada pelos frutos que ela produz.
Os fariseus eram maldizentes porque os corações estavam cheios de maldade.
As próprias palavras justificam ou condenam a pessoa.
12:38-42
Alguns escribas e fariseus, talvez querendo justificar sua lerdeza em acreditar, pediram mais um sinal.
Jesus ofereceu um só: o sinal de Jonas. A ressurreição dele seria evidência suficiente para levar qualquer pessoa honesta à verdade sobre o Cristo.
12:43-45
Jesus advertiu as pessoas sobre o perigo de perder a sua salvação, deixando o diabo tomar posse delas de novo.
12:46-50
A família de Jesus chegou e Jesus foi avisado. Ao invés de parar o seu trabalho para atender a sua família, Jesus enfatizou a importância de ser família espiritual, fazendo a vontade do Pai.
**Obs.: A Bíblia fala aqui, e em outros lugares, sobre a mãe e os irmãos de Jesus. Destas passagens aprendemos que Maria teve outros filhos depois do nascimento de Jesus, provando que a doutrina católica que ela era virgem perpétua não tem apoio bíblico. Se ele tivesse recusado manter relações conjugais com José, assim ficando virgem durante a vida toda, teria pecado contra ele e contra Deus (compare o ensinamento sobre a importância e a pureza das relações sexuais entre marido e esposa, 1 Coríntios 7:3-5; Hebreus 13:4).
**Obs.: Podemos estranhar com o tratamento que Jesus deu a sua família aqui, mas alguns comentários em outros relatos ajudam. Marcos 3:21 mostra o motivo que os parentes foram até Jesus: queriam o prender, achando que ele havia enlouquecido. Os próprios irmãos de Jesus, até então, não acreditavam nele (veja João 7:5). Lucas 8:19 acrescenta outro fato: eles não conseguiram chegar perto por causa da multidão, e Jesus deu importância as pessoas que estavam buscando a palavra dele.
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